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Jovens deputados de Hong Kong desafiam poder da China

Recém-eleitos, jovens pró-independência fizeram críticas a Pequim na cerimônia de posse do novo Parlamento de Hong Kong

Por Da redação
Atualizado em 12 out 2016, 13h33 - Publicado em 12 out 2016, 11h21

A cerimônia de posse do novo Parlamento de Hong Kong (LegCo), nesta quarta-feira, foi marcada por protestos da geração de jovens políticos pró-democracia, contrários à “tirania” da China. Recém-eleitos, alguns dos novos parlamentares mudaram o texto do juramento previsto em lei e carregaram bandeiras com a frase “Hong Kong não é China”.

“Juro solenemente que serei fiel e manterei verdadeira lealdade à nação de Hong Kong”, disse a parlamentar Yau Wai-ching, de 25 anos, membro do partido Youngspiration. Instruída a repetir o juramento, que a obriga a usar a nomenclatura “Região Administrativa Especial de Hong Kong da República Popular da China”, Wai-ching fez trocadilhos com o nome do país comunista, usando a expressão “Ref*cking of Shina”, uma forma pejorativa de se dirigir à nação.

Eddie Chu, outro membro da nova geração, leu o juramento completo, mas adicionou ao final a frase “Democracia e autodeterminação. Autocracia vai morrer!”. A parlamentar Lau Siu-lai registrou seu protesto lendo o texto em câmera lenta, o que fez com que diversos políticos deixassem a cerimônia.

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O último a prestar seu juramento, Nathan Law, de 23 anos, usou o momento para demonstrar sua indignação com “autoritarismo de Pequim”. O membro mais jovem do LegCo e líder do partido Demosisto citou uma frase de Mahatma Gandhi, antes de ler o texto. “Vocês podem me acorrentar, podem me torturar, podem até destruir este corpo. Mas nunca vão aprisionar a minha mente”, citou Law.

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Ao todo, seis líderes estudantis foram votados para fazerem parte do Parlamento de Hong Kong, que conta com setenta membros. Os recém-eleitos foram rostos importantes da chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, em 2014, que pedia por maior independência do país comunista. Hong Kong funciona segundo o princípio “um país, dois sistemas”, que garante algumas liberdades diferentes do resto da China, mas ainda mantém importantes laços legais.

Após completar seu pronunciamento, Law se recusou a deixar o pódio e pediu explicações a Kenneth Chen, secretário-geral do LegCo. Chen se recusou a aceitar os juramentos de três dos parlamentares, incluindo Yau, que modificaram partes dos textos e, portanto, não poderiam tomar posse oficialmente até que completassem a cerimônia em outro momento. A sessão do LegCo terminou em caos e discussões acaloradas.

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