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Imprensa internacional mostra ceticismo sobre caso dos nadadores

Veículos estrangeiros afirmam que as autoridades brasileiras não acreditam que atletas tenham sido roubados

Por Da redação
Atualizado em 18 ago 2016, 23h40 - Publicado em 18 ago 2016, 22h21

O bizarro caso dos quatro nadadores americanos que afirmaram terem sido assaltados no final de semana no Rio de Janeiro ganhou destaque na imprensa internacional. Após a entrevista coletiva da Polícia Civil que desmontou a farsa inventada pelos atletas, diversos veículos estrangeiros permanecem céticos e reportam que as autoridades brasileiras “dizem que” Ryan Lochte e outros três nadadores da equipe dos Estados Unidos de natação mentiram sobre o roubo.

A rede americana CNN mostra o vídeo dos atletas no posto de gasolina, onde o quarteto quebrou um placa de publicidade, e o texto o descreve como “parece mostrar que não houve roubo”. Embora o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, tenha dito em entrevista coletiva que dois atletas admitiram em depoimento que a versão do assalto não é verdadeira, a emissora noticia que fontes dizem que os nadadores mantêm suas versões do assalto.

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O site do New York Times traz a manchete “Nadadores inventaram roubo, dizem brasileiros”. O texto afirma que “oficiais brasileiros dizem que um segurança apontou uma arma para os nadadores americanos, mas ‘não foi roubo’, como eles haviam dito”. O NYT apresenta ainda contrapontos com as versões de Lochte e da polícia brasileira para os eventos ocorridos naquela noite.

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O jornal britânico The Guardian é mais enfático sobre a confusão: “Como a história de um roubo no fim da noite saiu do controle”, em que apresenta um cronograma dos acontecimentos. Em um artigo, a publicação lembra outros episódios em que a mãe de Lochte o envergonhou – foi ela quem contou à imprensa que o filho havia sido roubado no Rio – não tão graves quanto “o mundo suspeitar que Ryan pode ter mentido sobre todo o assalto”.

Em matéria intitulada “Por que os brasileiros estão tão obcecados com a história de Ryan Lochte”, a revista New Yorker cita o “complexo de vira-lata” dos brasileiros, que acusam os nadadores de minar a reputação do Brasil no exterior. “Mas a intensidade das reações – tanto oficial como não-oficial – também apontam uma peculiaridade cultural maior. É comum e antiga a obsessão dos brasileiros com o que o primeiro mundo pensa deles”.

Mais cedo, o nadador de cabelos descoloridos alterou alguns detalhes de sua versão em uma entrevista à rede NBC, e o apresentador ressaltou as incoerências sobre o fato previamente relatado. A reportagem no site NBC News pergunta: “Roubo, extorsão ou mal-entendido?” e diz que “nada neste caso está claro”.

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Puxão de orelha

Em artigo, a colunista do Washington Post Sally Jenkins deu uma dura no nadador de 32 anos e seus jovens colegas ao lembrar que nada justifica quebrar móveis e urinar na parede, como foi relatado por testemunhas no posto de gasolina. “Se eu trabalhasse nesse posto de gasolina do Brasil, talvez eu tivesse puxado uma arma para eles também”, escreveu Jenkins.

Na tarde desta quinta-feira, o delegado Veloso foi categórico ao afirmar que o roubo não existiu. “Os atletas não foram vítimas dos fatos criminosos que dizem ter sido. Como testemunha, outros atletas contaram a versão que as câmeras nos mostram e que batem com as outras provas que colhemos. Efetivamente eles confirmam que não houve assalto, que esta versão é fantasiosa”, disse.

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