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Imperador do Japão expressa desejo de abdicar

O imperador Akihito, de 82 anos, comentou que a idade pode dificultar o exercício de seus deveres como monarca

Por Da redação
8 ago 2016, 08h27

O imperador do Japão, Akihito, expressou preocupação sobre sua capacidade para continuar cumprindo com suas obrigações. Nesta segunda-feira, o monarca de 82 anos fez um raro discurso direcionado ao povo, no qual sugeriu que espera uma reforma das leis que o obrigam a exercer o cargo até sua morte.

Sem citar a palavra abdicação, Akihito reconheceu que devido à idade e a seu estado de saúde sofre “muitas limitações”, por isso, afirmou que será difícil “seguir assumindo responsabilidades importantes”. Atualmente, a Constituição japonesa não contempla a sucessão em vida e seria necessária uma reforma por parte do Parlamento para que o príncipe Naruhito, de 56 anos, pudesse assumir o cargo.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, não demorou a responder às palavras do imperador, encarando-as “com seriedade”. “Acredito que temos que pensar de maneira cuidadosa e buscar o que podemos fazer para enfrentar o declive da saúde do imperador e o efeito que terá no peso de seu cargo”, afirmou.

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A lei atual no Japão prevê que um regente poderá assumir apenas quando o monarca em exercício “estiver sofrendo de uma doença grave, mental ou fisicamente, ou exista um obstáculo sério que o incapacite para exercer”. Embora não sejam muito divulgadas, as funções de representação do Estado que cabem ao imperador são intensas. Ele deve assinar diversos documentos transmitidos pelo governo (mil no ano passado), acompanhar recepções (270 em 2015), receber representantes de Estado estrangeiros e mais.

Momento raro

A mensagem televisionada de Akihito foi um episódio raro na história do país, já que foi apenas a terceira vez que um imperador japonês se dirigiu à população na era do rádio e da TV. O imperador Hirohito anunciou através do rádio quando o Japão perdeu a Segunda Guerra Mundial e, em 2011, Akihito falou sobre o desastre nuclear de Fukushima via televisão.

(Com EFE e AFP)

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