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Hamas retoma operações militares contra Israel

Por Por Adel Zaanoun
22 jun 2012, 17h39

O confronto mais recente entre os grupos armados palestinos de Gaza e Israel, em que o Hamas tomou a frente, após um ano na sombra, mostra que as mudanças políticas no Egito deram asas ao movimento palestino, apontam analistas e autoridades.

O movimento Hamas, principal potência militar da Faixa de Gaza, reivindicou a autoria do disparo de “120 foguetes contra as posições militares do inimigo”, do total de 130 foguetes e obuses lançados contra Israel no confronto ocorrido de segunda a quinta-feira. Dez palestinos morreram, a maioria combatentes, e quatro fiscais de fronteira de Israel ficaram feridos.

“Abril de 2011 foi a última vez em que o Hamas participou oficialmente de disparos de foguetes”, lembram analistas do jornal israelense “Haaretz”. “A maioria dos foguetes foi lançada contra bases militares ou forças de segurança. Está claro que o Hamas mudou as regras do jogo, e só irá lançar foguetes contra alvos militares”, para que Israel não tenha motivos para responder em massa.

“Nosso confronto com o inimigo manteve um nível mínimo de potência de fogo e resposta. É uma mensagem que os dirigentes israelenses deveriam entender perfeitamente”, disseram as Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, dizendo-se dispostas a prolongar a trégua se Israel fizer mais.

Segundo Ahmad al-Turk, professor de Jornalismo da Universidade Islâmica de Gaza, a situação política no Egito “está mudando, em favor do Hamas e dos palestinos, motivo pelo qual já não é previsível que os palestinos se calem ante a escalada israelense”.

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O início do confronto coincidiu com a reivindicação da vitória, na eleição presidencial egípcia, de Mohamed Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, ligada ao Hamas. O anúncio, que ainda não foi confirmado pelos resultados oficiais, gerou gritos de vitória nas mesquitas de Gaza.

A proclamação da vitória levou o Hamas a “testar as intenções de Israel, para ver se os israelenses têm capacidade de se lançar em uma guerra contra Gaza” no futuro, indica Mujaimer Abu Saada, professor de ciências políticas na Universidade Al-Azhar, em Gaza.

Segundo uma autoridade israelense, que pediu para não ser identificada, “existe uma conexão entre a explosão de violência em Gaza e as eleições no Egito. Os islamitas tentam mudar o status quo. Esperam que um governo islâmico no Cairo seja mais condescendente com as atividades terroristas em Gaza e no Sinai”, limítrofe com Israel, afirma.

De acordo com o jornal israelense “Maariv”, “as duas partes administram o conflito como ouriços, ou seja, com muita cautela. Um diz que o outro quer sair ileso das hostilidades, e nenhuma das partes tem um objetivo de guerra efetivo realmente em vista.”

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