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Hamas não respeita trégua e Israel retoma bombardeios

Faixa de Gaza voltou a ser alvo de ataques aéreos israelenses depois que grupo islâmico continuou a lançar foguetes durante as 6 horas do breve cessar-fogo

Por Da Redação
15 jul 2014, 09h59

Seis horas depois de concordar com um cessar-fogo na Faixa de Gaza, Israel retomou nesta terça-feira os bombardeios na região. A frágil trégua, aceita de forma unilateral pelos israelenses e rejeitada pelo braço armado do Hamas, terminou depois que o território de Israel continuou a ser alvo de foguetes vindos de Gaza durante o breve período em que os ataques aéreos das Forças Armadas foram suspensos. A Força Aérea de Israel confirmou que reiniciou os ataques contra a Faixa de Gaza em represália ao disparo de dezenas de foguetes por milicianos palestinos, reporta a rede britânica BBC citando informações do Exército israelense.

As milícias palestinas em Gaza continuaram nesta terça-feira lançando foguetes contra o sul, o centro e o norte de Israel. De acordo com dados do exército israelense, pelo menos 35 projéteis foram lançados em várias séries de ataques contra o território israelense das 9h00 locais (3h00 de Brasília) até quatro horas depois. Uma série de ataques no meio da manhã teve como consequência um impacto direto em uma casa da cidade portuária de Ashdod, onde foram registrados danos materiais e foram interceptados quatro foguetes.

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Segundo a rede BBC, o Hamas, grupo fundamentalista que controla a Faixa de Gaza, nem chegou a responder formalmente à proposta, e o seu braço armado, as Brigadas al-Qassam, rejeitou o acordo para encerrar as hostilidades como uma “rendição”. “Para nós, [o acordo] não vale a tinta com que foi escrito”, declarou um membro do grupo citado pela CNN. Ainda na manhã desta terça, o porta-voz da Defesa de Israel, Peter Lerner, havia avisado que, mesmo com o acordo de cessar-fogo, novos ataques vindos de Gaza não seriam ignorados. “Permanecemos alertas e preparados, tanto defensivamente quanto ofensivamente. Se os terroristas do Hamas dispararem contra Israel, nós responderemos”, advertiu.

Segundo informações do Exército israelense, dois foguetes foram interceptados no centro de Israel, depois que no meio-dia de ontem outro foi disparado contra a área de Haifa, no norte, e três foram derrubados pelo sistema Domo de Ferro nas localidades de Ofakim e Rehovot, nos distritos meridional e centro do país, respectivamente. Outros dois foguetes foram interceptados em voo na área de Netivot, próxima à Faixa de Gaza. Em Sderot, a dois quilômetros de Gaza, um soldado foi levemente ferido por estilhaços de uma bomba.

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ONU teve prédios atingidos – A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos lamentou nesta terça-feira a destruição em massa de casas na Faixa de Gaza após a ofensiva israelense contra o território palestino. “O nível das perdas humanas e destruição de casas é realmente enorme”, declarou um porta-voz da agência, Sami Mshasha, durante coletiva em Genebra. “Segundo nossos números, falamos de quase 200 mortos e mais de 1.400 feridos. Essas cifras vão aumentar, aumentam a cada hora”, acrescentou. “Um grande número de mortos é de mulheres e crianças”, disse ainda.

Sami Mshasha disse ainda que pelo menos 560 casas foram totalmente destruídas e milhares de prédios, alguns públicos, sofreram danos. Além disso, 47 instalações da própria agência da ONU também foram atingidas. O porta-voz indicou também que 17.000 pessoas se refugiaram em 20 escolas da agência, e por isso pediu que as partes em conflito respeitassem as infraestruturas da ONU.

Mortes – Após mais de dez dias de intensos bombardeios aéreos, morreram 194 palestinos, na maioria civis, e 1.400 ficaram feridos. O Hamas costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como “escudos-humanos” para protegerem instalações do Hamas.

(Com agência EFE)

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