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Grupo terrorista ameaça vender garotas sequestradas

Boko Haram assumiu responsabilidade pelo rapto de mais de 200 estudantes

Por Da Redação
5 Maio 2014, 15h00

O grupo jihadista Boko Haram afirmou nesta segunda-feira ser o autor do sequestro de mais de 200 estudantes na Nigéria e ameaçou “vender” as garotas e obrigá-las a se casarem. A afirmação foi feita em um vídeo obtido pela agência de notícias France-Presse. Segundo as autoridades nigerianas, 276 estudantes foram levadas de uma escola em Chibok, no estado de Borno, nordeste do país, no dia 14 de abril. Cinquenta e três conseguiram escapar. Algumas já teriam sido vendidas na fronteira com Chade e Camarões a preços irrisórios, de até 12 dólares (26 reais).

No vídeo, o chefe do grupo radical islâmico, Abubakar Shekau, ainda atacou a educação ocidental, considerada um “pecado”. “Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar”, disse. Na língua local, Boko Haram significa ‘a educação não islâmica é pecado’. O grupo reivindica a criação de um estado islâmico no norte do país. Desde que o então chefe da organização Mohammed Yousef foi morto em 2009, os radicais, especialistas em matar “infiéis” e incendiar igrejas, já deixaram mais de 3.000 mortos.

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O sequestro das estudantes – que têm entre 13 e 18 anos – se tornou um grande incômodo para o governo nigeriano, que quer vender o país como destino para investimentos depois que uma mudança no cálculo do PIB tornou a Nigéria a maior economia da África.

A incompetência das forças militares em evitar o ataque ou encontrar as garotas provocou muitos protestos no nordeste do país e também na capital Abuja. As críticas aumentaram com a prisão da líder de um protesto diante do parlamento cobrando mais ações das autoridades para libertar as jovens. Naomi Mutah Nyadar, representante da comunidade Chibok, foi levada pela polícia depois de uma reunião com outras manifestantes e com a primeira-dama Patience Jonathan – que teria considerado pouco caso das mães das estudantes sequestradas enviarem Naomi para o encontro. Em comunicado, a primeira-dama negou ter ordenado a prisão, mas pediu que os manifestantes em Abuja voltem para casa. “Não usem estudantes e mulheres para protestar. Mantenham isso em Borno”, disse, segundo uma agência de notícias estatal.

Mais protestos estão sendo organizados e podem aumentar a dor de cabeça para o governo na semana em que será realizado o Fórum Econômico Mundial para a África. A operação de segurança para o evento, que terá início na quarta-feira, envolve cerca de 6.000 soldados.

(Com agência Reuters)

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