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Governador queniano é acusado de terrorismo após massacre

Ataque contra o vilarejo de Mpeketoni, no sudeste do país, deixou 65 mortos

Por Da Redação
26 jun 2014, 15h04

O governador do departamento de Lamu, no sudeste do país, foi acusado de terrorismo e homicídio depois do massacre de mais de sessenta pessoas na costa queniana. Issa Timamy foi preso na noite de quarta-feira e deverá ser mantido sob custódia até o próximo dia 30. A notícia foi confirmada no Twitter oficial da presidência do país. “O governador de Lamu, Issa Timamy, foi preso por causa da recente violência e mortes na área de Mpeketoni, para que compareça na quinta-feira perante o tribunal”, informou o comunicado.

Nos dia 15 de junho, um grupo de aproximadamente cinquenta homens armados matou 65 pessoas na localidade de Mpeketoni e em um vilarejo próximo. Muitas vítimas estavam reunidas para assistir a um jogo da Copa do Mundo. Os agressores também atearam fogo em carros de polícia que estavam estacionados em frente a uma delegacia e atiraram contra hotéis e um banco.

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O ataque ao vilarejo de Mpeketoni foi o pior desde a ofensiva de setembro contra o shopping Westgate, em Nairóbi, onde 67 pessoas morreram. Depois da ação em Wesgate, o grupo radical Al Shabab, responsável pelo atentado, anunciou que lançaria mais ataques, dizendo estar determinado a expulsar as tropas quenianas da Somália. O Quênia, que mantém soldados na Somália como parte de uma força de paz africana que combate militantes islamitas, afirmou que não removerá suas tropas.

O condado de Lamu fica ao norte do condado de Mombasa, onde se situa o principal porto do país. O grupo islâmico somali Al Shabab assumiu responsabilidade pelos ataques na região de Mpeketoni, mas o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, não levou em consideração tal declaração e afirmou que os políticos locais estavam por trás dos atentados. Partidos de oposição rechaçaram as declarações do presidente.

Muitos dos mortos no massacre eram da etnia Kikuyu, a mesma do presidente. Muitos dos mortos no massacre eram da etnia Kikuyu, a mesma do presidente. O governador, que pertence a um grupo político integrante da coalizão governista, é da etnia Bajuni, tribo do condado de Lamu. Muitas comunidades nativas têm antigas diferenças com membros da tribo Kikuyu, que são considerados responsáveis por tirar terras dos Bajuni.

O Quênia, especialmente a capital Nairóbi e a cidade litorânea de Mombaça, tem sido alvo de atentados desde que o seu Exército invadiu a Somália em outubro de 2011, devido a uma onda de sequestros em território queniano que foram atribuídos à milícia somali. O Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda, controla grandes áreas do centro e do sul da Somália, onde o frágil governo não apresenta condições de impor sua autoridade.

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A Somália vive em estado de guerra civil desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e quadrilhas de delinquentes armados.

(Com agência France-Presse)

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