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Governador das Malvinas responde à provocação argentina

Para Nigel Haywood, resultado de consulta popular rebaterá declaração de chanceler dizendo que as ilhas serão argentinas "em menos de 20 anos"

Por Da Redação
8 fev 2013, 16h09

Na última terça-feira, em visita a Londres, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, afirmou que a Argentina conseguirá recuperar as ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses) “em menos de duas décadas”. Nesta sexta, em entrevista a uma agência de notícias argentina, o governador das ilhas, Nigel Haywood, que é britânico, disse que a resposta a essa pretensão será dada pelos próprios kelpers (moradores locais) no referendo que será realizado nos dias 10 e 11 de março.

A consulta popular, que conta com o apoio do governo britânico, tem como objetivo descobrir se os habitantes das ilhas querem manter o status de território ultramarino da Grã-Bretanha. A votação é duramente questionada pelo governo de Cristina Kirchner, e Timerman insiste que não faz sentido “perguntar aos cidadãos ingleses se querem continuar sendo cidadãos ingleses”. “Em 1985, a ONU já afirmou que um referendo dessa natureza não seria reconhecido pelo organismo”, disse o chanceler. Mas prometeu que os interesses dos kelpers seriam protegidos sob o governo argentino, incluindo “seu jeito de viver, sua língua e o direito de permanecer cidadãos britânicos”.

Para o referendo, foram aprovados gastos de 62.000 libras (193.000 reais). Haverá cinco postos de votação, três na ilha Soledad e dois na Gran Malvina. A parlamentar Jan Cheek, que faz parte da organização e esteve em Londres esta semana, adiantou que participarão da votação observadores internacionais de “organizações muito respeitadas”. Ela preferiu não citar nomes porque, “lamentavelmente, o governo argentino trataria de pressioná-las para que se retirem da missão”. Segundo ela, o resultado deverá ser anunciado na própria noite do dia 11 de março.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Timerman acusou a Grã-Bretanha de ser motivada por um “desejo fanático” de dominar as ilhas, mas acrescentou que o mundo cada vez mais se convence de que o arquipélago é produto do “colonialismo” e de que é direito dos argentinos governá-lo. Perguntado se não seria melhor desenvolver uma relação com os habitantes da ilha como forma de chegar a um acordo, o chanceler cravou: “Não tenho de persuadir ninguém. A ONU já deixou claro que o conflito é entre a Grã-Bretanha e a Argentina. Temos de aplicar as leis internacionais e aceitar as resoluções”.

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descartou uma reunião prevista para esta semana

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