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François Fillon será candidato à Presidência da França

Católico conservador, Fillon quer um choque liberal 'radical', com a eliminação de meio milhão de empregos públicos e corte de € 110 bi em gastos públicos

Por Da redação
28 nov 2016, 07h45

O conservador François Fillon, de 62 anos, ex-primeiro-ministro de Nicolas Sarkozy, venceu com clara vantagem o segundo turno das primárias da direita francesa (Les Républicains) para a eleição à presidência em 2017 — de acordo com os resultados divulgados na noite deste domingo. Depois de uma surpreendente vitória no primeiro turno, Fillon, aparece com 66% dos votos, contra os 33% de seu oponente, o ex-premiê Alain Juppé, de 71, como revela a apuração de 10.000 das 10.228 seções eleitorais.

O ex-premiê de Sarkozy agradeceu aos eleitores, “que viram em sua abordagem os valores franceses, aos quais eles estão ligados: (…) a esquerda, é o fracasso, a extrema-direita, é a falência”. “A França não suportou seu declínio. Quer a verdade e quer atos”, declarou Fillon a uma multidão de simpatizantes que gritava seu nome. Juppé já parabenizou o rival pela vitória e anunciou seu apoio à sua candidatura.

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“Felicito François Filon por sua ampla vitória. A primária transcorreu em boas condições e, como já havia me comprometido a fazer, dou, a partir desta noite, meu apoio a François (Fillon), meu apoio para a próxima eleição presidencial”, declarou, desejando-lhe sucesso em maio. Há uma semana, 4,3 milhões foram às urnas para o primeiro turno das primárias do partido. Fillon obteve 44,1% dos votos contra 28,5% de Juppé. O ex-presidente Nicolar Sarkozy ficou em um distante terceiro lugar.

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Entre 4,2 e 4,6 milhões de pessoas foram às urnas, de acordo com estimativas da imprensa francesa, para eleger o candidato que – acredita-se – poderá enfrentar Marine Le Pen, da ultraconservadora Frente Nacional, em um eventual segundo turno das eleições em maio do ano que vem. Frente a uma esquerda governante impopular e dividida, o ganhador dessas primárias tem grandes possibilidades de se tornar o presidente da França, segundo pesquisas.

Plano de choque — Católico conservador, Fillon promete um plano de choque liberal “radical”, com a eliminação de meio milhão de empregos públicos e um corte de 110 bilhões de euros em gastos públicos para salvar um país em “declínio”. “A França precisa mudar de modelo econômico e social”, defende Fillon, grande admirador da “Dama de Ferro”, Margaret Thatcher.

Este homem de caráter austero também ganhou apoio com sua linha dura contra o terrorismo “jihadista”, o Islã e a migração, assim como por sua defesa dos valores familiares tradicionais. “A religião muçulmana deve aceitar o que todas as outras aceitaram no passado. O radicalismo e a provocação não têm lugar” na França, declarou na sexta-feira (25) durante seu último comício em Paris. Fillon venceu o primeiro turno das primárias, no último domingo, com 44% dos votos, 16 pontos à frente de Juppé. Desde então, recebeu o apoio dos principais líderes da direita, inclusive o do ex-presidente Nicolas Sarkozy.

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Corrida ao Eliseu — O ganhador dessa disputa interna enfrentará nas eleições presidenciais um candidato socialista que ainda não foi definido e Marine Le Pen. O presidente socialista François Hollande, o mais impopular dos últimos 60 anos, com apenas 16% de aprovação, deve anunciar até 15 de dezembro se concorrerá a um novo mandato.

Segundo uma pesquisa divulgada última na sexta-feira (25), o primeiro-ministro de Hollande, Manuel Valls, tem mais popularidade do que o atual presidente. Em uma entrevista publicada neste domingo, Valls anunciou que não exclui se candidatar às primárias do Partido Socialista. A disputa acontece em janeiro.

As enquetes mostram que Le Pen lideraria o primeiro turno da eleição presidencial de 23 de abril com cerca de 30% dos votos, mas seria derrotada no segundo turno, em 7 de maio, pelo candidato da direita. Para o cientista político Jean-Yves Camus, na corrida presidencial, Fillon terá “de adaptar ligeiramente seu programa para atrair mais eleitores (…), sobretudo, nos temas socioeconômicos”.

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(Com France-Presse)

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