Pelo menos seis pessoas morreram na manhã desta quarta-feira no incêndio de um imóvel ocupado por imigrantes tunisianos e líbios em Pantin, subúrbio de Paris, informaram autoridades franceses.
Quatro vítimas morreram queimadas e duas, asfixiadas neste prédio de um andar.
Segundo a prefeitura do Departamento de Saint-Denis, o imóvel, que era habitado por aproximadamente 30 pessoas, seria demolido.
“Parece que uma vela deu origem a esta tragédia”, declarou o ministro do Interior Claude Guéant.
Os bombeiros ainda procuram nos escombros outras eventuais vítimas.
Um edifício ao lado foi atingido pelas chamas.
Atualmente corre na justiça o processo do incêndio de outubro de 2005 de um prédio em ruínas no sul de Paris, que deixou 17 mortos, sendo 14 crianças.
Segundo um relatório do Instituto de Planejamento e Urbanismo (IAU), 174.600 residências habitadas são potencialmente indignas na capital francesa (números de 2007).
Mais de 20 mil tunisianos migraram para a ilha italiana de Lampedusa, após a queda do regime de Zine El Abidine Ben Ali no dia 14 de janeiro. Milhares deles se mudaram depois para a França, o que provocou uma crise entre Paris e Roma sobre a livre circulação nas fronteiras europeias.
A França adotou uma política firme contra os imigrantes da Tunísia: mais de 3.600 foram reenviados para Itália e Tunísia. Centenas vivem em Paris de forma precária, alguns até dormem em parques da capital.
Esta onda de imigração se deve às revoluções no mundo árabe, e têm suscitado reações hostis, principalmente por parte de movimentos de direita, na Itália – Liga do Norte, ao governo – e na França – Frente Nacional.