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Fotos mostram opositor Leopoldo López em prisão militar

Dirigente do Vontade Popular aparece atrás das grades, com barba crescida

Por Da Redação
7 mar 2014, 18h02

As primeiras fotos do opositor Leopoldo López depois de sua prisão, há dezoito dias, foram divulgadas nesta sexta-feira pelo seu partido, o Vontade Popular. Nas imagens, inicialmente publicadas pelo site runrun.es, o oposicionista aparece de barba crescida, atrás das grades de uma janela na prisão militar de Ramo Verde, em Los Teques, na região de Caracas.

López foi acusado, sem provas, de terrorismo, responsabilizado por atos de violência ocorridos em um protesto no dia 12 de fevereiro. Tudo o que ele fez, porém, foi dar respaldo e voz aos estudantes que foram protestar pacificamente contra o governo em Caracas e em outras cidades. Civil, ele foi levado a uma prisão militar, em uma dessas idiossincrasias estapafúrdias só existentes em regimes totalitários.

Dois dias depois de sua detenção, ficou decidido que ele responderá na Justiça pelas acusações de dano a prédios públicos, incitação ao crime e associação para o delito. Se condenado, poderá passar até dez anos na cadeia.

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Seus advogados consideram a prisão “ilegal e exclusivamente política”. A opinião é compartilhada pela Anistia Internacional, que afirmou em nota que as acusações “perfilam-se como uma tentativa politicamente motivada para silenciar a dissidência no país”. No domingo, um jornal venezuelano publicou uma entrevista de López na qual ele defende que a “mudança política e social” no país deve ser buscada em paz, mas “na rua”. (Continue lendo o texto)

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O economista, prefeito entre 2000 e 2008 do município de Chacao, epicentro dos protestos que se repetem desde o início de fevereiro, disse que não se arrepende de ter se entregado voluntariamente. López revelou que na penitenciária reservada para chefes militares acusados de delitos só pode ser visitado por sua esposa, pais e advogados, e que é impedido ter contato com outros presos. “Sou um preso político, um preso de consciência de Maduro e sua institucionalidade manipulada”.

Em entrevista concedida à rede americana CNN, o presidente Nicolás Maduro foi questionado sobre a possibilidade de libertação de López. “Isso está nas mãos da promotoria e dos tribunais”, disse, antes de repetir a tese de que o oposicionista queria derrubar um governo legítimo e que estimulou atos violentos. Insistiu ainda na tese fantasiosa de que “grupos extremistas estavam tentando matá-lo para criar uma grande crise no país”. “Graças a Deus seus familiares permitiram que ele fosse protegido pelo estado. Agora ele está na cadeia e terá de responder à Justiça”.

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