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Forças sírias disparam em refugiados e detêm civis na fronteira, acusa ONG

Por Da Redação
27 jun 2012, 12h56

Cairo, 27 jun (EFE).- As forças do regime sírio atiram de forma indiscriminada e prendem civis que tentam atravessar a fronteira e se refugiar em países vizinhos, denunciou nesta quarta-feira a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW).

Em um relatório, o grupo exigiu às autoridades sírias que deem fim a essas práticas e respeitem o direito dos cidadãos de abandonar o país.

A HRW entrevistou neste mês, na Jordânia, 20 refugiados sírios que escaparam do país em grupos de até 200 pessoas e acompanhados por membros do insurgente Exército Livre Sírio (ELS).

Enquanto esses grupos tentavam atravessar a fronteira, ao menos três civis morreram e 11 ficaram feridos por disparos de franco-atiradores, que abriram fogo sem avisar a uma distância de cerca de 200 metros, segundo o testemunho dos refugiados.

A maioria dos deles relatou que quando tentavam abandonar o país, soldados chegavam a pé e em caminhões perto da fronteira e começavam a disparar.

Os membros do ELS evitaram responder à ofensiva, para que os civis não fossem atingidos no fogo cruzado, mas em alguns momentos abriram fogo para que as forças do regime não se aproximassem do lugar, acrescentaram as testemunhas.

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Além disso, os efetivos sírios detiveram cerca de 170 civis, dos quais 100 eram mulheres e crianças que estão desaparecidas.

‘A Síria diz que está combatendo grupos terroristas, mas suas forças na fronteira disparam contra todos que tentam atravessar para outro país’, denunciou o investigador da HRW Gerry Simpson.

O funcionário da ONG acusou o regime de violar o direito à vida dos sírios e de abandonar seu próprio país para buscar refúgio em outro.

A organização contactou um desertor do Exército sírio não identificado que disse ter recebido ordens de disparar em quem tentasse atravessar a fronteira por áreas onde não houvesse postos oficiais.

Uma mãe de cinco filhos descreveu à HRW como foi capturada após presenciar um intenso tiroteio quando tentava fugir com um grupo de 250 pessoas, embora depois tenha conseguido se refugiar na Jordânia, assim que foi liberada.

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Um jovem sírio confessou ter viajado de noite com a ajuda de desertores e beduínos até a Jordânia, onde o exército local oferece ajuda aos refugiados.

Síria e Jordânia compartilham uma fronteira de cerca de 375 quilômetros, em sua maior parte tendo desertos de ambos os lados, o que faz com que as tentativas de atravessá-la se concentrem em um trecho de 100 quilômetros ao noroeste da Jordânia.

No único posto fronteiriço nessa área, as forças sírias impediram o cruzamento de muitas pessoas sem manifestar nenhum motivo, relatam vários refugiados entrevistados.

Desde o início da revolta popular contra o regime sírio em março de 2011, mais de 26 mil refugiados sírios foram registrados na Jordânia, lembrou o grupo de direitos humanos. EFE

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