Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Forças líbias pró-governo retomam Sirte do Estado Islâmico

A cidade portuária foi conquistada pelos jihadistas do grupo extremista em junho de 2015

Por Da redação
5 dez 2016, 16h37

As forças do Governo de União Nacional líbio (GNA) anunciaram nesta segunda-feira que recuperaram o controle de Sirte das mãos do grupo extremista Estado Islâmico (EI). “Nossas forças retomaram o controle total de Sirte”, declarou Rede Issa, porta-voz das operações militares lançadas em 12 de maio pelo GNA.

A página no Facebook das forças pró-governo da Líbia também proclama “a vitória” e o “retorno de Sirte”.

A cidade portuária foi conquistada em 2015 pelo EI, que a defendia há mais de seis meses. Sirte foi reduto dos jihadistas na Líbia, que aproveitaram o caos em que mergulhou o país depois da queda do ditador Muamar Kadhafi em 2011.

O porta-voz militar indiciou que as forças do governo “constataram hoje a queda total” dos extremistas, entre os quais “dezenas” se renderam.

A derrota do EI em Sirte é outro golpe para o grupo extremista que tem experimentado nos últimos meses uma série de fracassos militares no Iraque e na Síria, onde seus combatentes estão sendo atacados em suas fortalezas de Mosul (norte do Iraque) e Raqqa (norte da Síria).

Continua após a publicidade

Por outro lado, fortalece o GNA, que tenta a duras penas desde o final de março se instalar em Trípoli, para estabelecer a sua autoridade em um país devastado por conflitos .

O GNA havia anunciado em 12 de maio o início da batalha de Sirte, cidade localizada nas margens do Mar Mediterrâneo, 450 km a leste de Trípoli.

Combates mortais

As primeiras semanas haviam sido promissoras, uma vez que as forças recuperaram a maior parte da cidade ocupada em junho de 2015 pelo EI, que procurava se estabelecer na Líbia para expandir sua influência no norte da África. Mas os combates foram mortais: quase 700 mortos e 3.000 feridos nas fileiras das forças pró-governo. O número de jihadistas mortos não é conhecido.

A batalha se arrastou semana após semana, em parte em razão da prudência adotada pelas forças pró-GNA para evitar novas perdas e proteger os civis presos na cidade, mesmo que o seu número fosse muito difícil de estimar.

Os extremistas se entrincheiraram nos últimos meses em um pequeno bairro que defenderam ferozmente, Al-Giza al-Bahriya. “O atraso do assalto final se deveu (…) principalmente ao fato que se tratou de combates de rua muito violentos e que o Daesh (sigla em árabe do EI) se manteve determinado a defender suas posições até os últimos metros quadrados”, explicou Issa no mês passado.

Continua após a publicidade

Para ele, o mais importante para as forças leais ao GNA era preservar a vida dos combatentes, “mas também dos civis que o Daesh utiliza como escudos humanos, por isso temos de avançar lentamente”.

EI na Líbia

A perda de Sirte não significa o fim da presença do EI na Líbia, afirmam os especialistas. “Conquistar Sirte e estabelecer uma ‘wilaya’ (“província” em árabe) foi um golpe de propaganda que atraiu combatentes de todo o Norte de África e do Sahel”, lembra Mattia Toaldo, especialista do grupo de reflexão do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

“A queda pode representar um revés, mas tudo vai depender do que vai acontecer na Síria e no Iraque, e da persistência ou não de territórios que escapam de qualquer autoridade na Líbia”, disse.

Desta forma, os extremistas teriam migrado para o sul do país para aproveitar a ausência de Estado e das rivalidades políticas e tribais, para tentar estabelecer uma nova base.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.