FBI recomenda que Hillary não seja acusada por uso de e-mail privado
O diretor do FBI, James Comey, declarou que a candidata foi "negliglente", mas não deve ser acusada perante à Justiça
O FBI (a polícia federal americana) declarou que não irá recomendar a acusação criminal da pré-candidata democrata Hillary Clinton pelo uso de uma conta de e-mail privativo quando foi secretária de Estado, afirmou hoje o seu diretor, James Comey. O comunicado praticamente encerra a confusão legal sobre a questão, amplamente explorada por políticos republicanos em campanha contra a ex-primeira dama na disputa pela Casa Branca.
A decisão tem caráter definitivo para Clinton, que está fora de perigo, apesar de as descobertas investigação ainda serem encaminhadas para o Departamento de Justiça em seguida. Na semana passada, a procuradora-geral Loretta Lynch afirmou que iria aceitar a recomendação do FBI sobre o caso, portanto não deve haver postura contrária ao que a polícia indicou.
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Apesar de descartar a acusação, Comey criticou as ações de Hillary, afirmando que 110 e-mails enviados ou recebidos por ela durante o período tinham informações confidenciais. O diretor do FBI declarou que a senadora e seus subordinados foram “extremamente negligentes” e tais informações poderiam ter sido acessadas por grupos “hostis” aos Estados Unidos. Ainda assim, foi anunciado que “nenhuma acusação é apropriada neste caso”.
De acordo com Comey, as investigações do FBI analisaram mais de 30 mil e-mails de Hillary e determinaram que “nenhum promotor razoável levantaria um caso desses”. O anúncio foi feito apenas três dias após as autoridades entrevistarem Clinton e deve ajudar a campanha da candidata, que há meses vive com a sombra do possível enfrentamento com a Justiça.
(Com Estadão Conteúdo)