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FBI interrogou muçulmanos sobre possível terrorismo pré-eleitoral

O Conselho de Relações Islâmico-Americanas acusou o FBI de conduzir uma "varredura" de cidadãos muçulmanos sem relação com terrorismo

Por Da redação
7 nov 2016, 12h37

Muçulmanos que vivem nos Estados Unidos foram entrevistados pelo FBI (a polícia federal americana) sobre possíveis ataques terroristas antes da eleição de 8 de novembro, afirmou o Conselho de Relações Islâmico-Americanas (CAIR). Segundo a organização de direitos civis, muçulmanos em pelo menos oito Estados foram procurados pela polícia em suas casas no último fim de semana.

Durante as visitas da polícia, os indivíduos teriam respondido oito perguntas genéricas sobre uma possível ameaça do grupo extremista Al Qaeda, disse Hassan Shibly, advogado do CAIR, ao jornal The Washington Post. Os oficiais questionaram se os muçulmanos conheciam líderes do grupo mortos em ataques aéreos no mês passado, ou se tinham relações com alguém que pretendia “ferir americanos em casa ou no exterior”.

O advogado afirmou não estar ciente de nada que conecte os interrogados uns aos outros ou a ameaças terroristas, além de sua etnia e religião. Entre os procurados pelo polícia estão alguns médicos ricos da Flórida e o líder de um de grupo de jovens muçulmanos, sem registros de ligação com extremismo. “A ação do FBI de conduzir uma varredura de líderes islâmico-americanos às vésperas da eleição é ultrajante e quase inconstitucional”, afirmou Shibly.

Alia Salem, diretora do CAIR no Texas, publicou um vídeo nas redes sociais onde instrui muçulmanos a se recusarem educadamente a responderem perguntas de policiais sem a presença de advogados. “Muçulmanos, junto com os americanos, estão comprometidos em fazer o seu trabalho ajudando a deixar a nossa comunidade mais segura e isso inclui denunciar atitudes suspeitas”, disse Salem. “Mas é inapropriado que a comunidade muçulmana seja vista como alvo como se fôssemos culpados”.

De acordo com o Post, o FBI e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos afirmaram estar “vigilantes e posicionados” para defender o país de ataques terroristas e se recusaram a comentar o questionamento de muçulmanos. Desde a divulgação do vídeo, no domingo, Salem disse que o CAIR recebeu 17 ligações de cidadãos interrogados.

 

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