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Família de menino sírio afogado tentou emigrar para o Canadá, mas pedido foi recusado

Depois que a história veio à tona, o governo do Canadá ofereceu asilo para o pai do garoto, que recusou a oferta. Ele perdeu a mulher e os dois filhos no naufrágio na Turquia

Por Da Redação
3 set 2015, 12h44

A família do menino que morreu afogado em uma praia depois do naufrágio de uma embarcação de refugiados sírios, e cuja foto comoveu o mundo, queria emigrar para o Canadá, informou sua tia, segundo o jornal Ottawa Citizen. Teema Kurdi, que reside em Vancouver desde que imigrou para o Canadá há 20 anos, disse que entrou com um pedido de imigração na condição de refugiado para seu irmão, sua cunhada e seus dois filhos, de 3 e 5 anos. “Tentei servir de avalista, com ajuda de amigos e vizinhos, para as garantias bancárias, mas não conseguimos”, explicou Kurdi ao jornal.

O serviço de imigração canadense rejeitou seu pedido de refúgio em junho, segundo Kurdi, devido à complexidade dos pedidos de asilo de sírios procedentes da Turquia. Consultado a respeito, o secretário de Imigração canadense, Chris Alexander, afirmou que o número de refugiados aumenta rapidamente e que cerca de 2.500 refugiados sírios foram acolhidos pelo Canadá este ano. Depois de ter seu pedido de imigração negado, a família tentou então fugir por mar, e sua embarcação acabou naufragando.

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Pai rejeita oferta – Abdullah Kurdi, o pai do menino que morreu afogado rejeitou a oferta de asilo do Canadá e pediu à comunidade internacional que faça o possível para evitar sofrimentos como o seu. “Quero que o mundo inteiro nos escute e veja aonde chegamos tentando escapar da guerra. Vivo um grande sofrimento. Faço esta declaração para evitar que outras pessoas vivam o mesmo”, disse Kurdi nesta quinta a jornalistas turcos diante do Instituto Médico Legal da cidade de Mugla.

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Após a trágica morte da mulher e dos dois filhos no naufrágio, ele recebeu um convite do Canadá para morar ao lado de sua irmã. “Depois do que aconteceu não quero ir. Vou para Suruç [cidade turca na fronteira com a Síria] e depois a Kobani, na Síria. Passarei o resto da minha vida lá”, explicou. De acordo com Abdullah, 16 membros da família que combatiam o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) morreram em Kobani. Seu desejo agora é enterrar sua esposa e os dois filhos ao lado dos parentes.

Imagem – A foto de Aylan Kurdi, de três anos, afogado em uma praia da Turquia provocou comoção no mundo todo e a Europa está sendo submetida a uma pressão crescente para gerenciar a chegada de milhares de refugiados ao continente. As duas embarcações que naufragaram tinham saído da cidade turca de Bodrum com destino à ilha grega de Kos, porta de entrada da União Europeia. A guarda costeira turca foi alertada por gritos de passageiros dos barcos e conseguiu resgatar os corpos de doze pessoas. No naufrágio morreram cinco menores e sete adultos, enquanto quinze pessoas puderam ser resgatadas.

(Da redação)

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