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Falta de alimentos provoca morte de animais em zoo na Venezuela

Animais carnívoros estão sendo alimentados com frutas e legumes devido à escassez de carne

Por Da redação
Atualizado em 27 jul 2016, 17h55 - Publicado em 27 jul 2016, 17h45

Cerca de 50 animais morreram de fome nos últimos seis meses em um dos principais zoológicos da Venezuela, de acordo com uma líder sindical, devido à grave escassez de alimentos que afeta o país.

As mortes no zoológico de Caricuao, em Caracas, incluem porcos vietnamitas, antas, coelhos e aves. Alguns animais que morreram não comiam há duas semanas, de acordo com Marlene Sifontes, uma líder sindical de funcionários da agência de parques públicos Inparques.

Promotores abriram uma investigação sobre as mortes de “várias espécies de vida selvagem” no zoológico. Atualmente, leões e tigres no zoológico de Caracas estão sendo alimentados com mangas e abóboras, a fim de compensar a falta de carne. Elefantes comem frutas tropicais em vez de sua tradicional dieta de feno, disse a líder sindical.

A administração do zoológico não quis comentar.

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Os problemas dos animais refletem os de muitos venezuelanos, que diariamente enfrentam horas de filas nos supermercados, por vezes gritando “queremos comida!” ou até mesmo saqueando, em meio a uma crise econômica sem precedentes na nação exportadora de petróleo e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

“A história dos animais de Caricuao é uma metáfora para o sofrimento venezuelano”, disse Marlene Sifontes.

Referendo

A oposição venezuelana saiu às ruas nesta quarta-feira para exigir do poder eleitoral que ative o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. “Revogatório já”, gritavam seguidores da oposição que se reuniram em duas áreas do leste de Caracas, sem poder marchar até a sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), onde dirigentes da Mesa da Unidade Democrática (MUD) pretendiam entregar uma carta com sua petição.

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Algumas barricadas e 200 policiais civis e militares bloquearam algumas vias e impediram o avanço da manifestação, onde cerca de um milhão de pessoas participaram, sem o registro de incidentes.

A MUD convocou a manifestação para reclamar ao CNE, acusada de servir ao governo, que fixe a data de recolhimento das quatro milhões de assinaturas, necessárias para convocar o referendo.

Mas o CNE nem sequer anunciou se poderá passar para essa segunda etapa ao longo do processo. Na terça-feira, a oposição ficou esperando que o órgão confirmasse que reuniu as 200.000 assinaturas, o requisito inicial para ativar o referendo, e dar por terminada a primeira fase.

“As pessoas não querem violência, mas se não houver solução pode acontecer qualquer coisa. A paciência do povo está se esgotando”, declarou o líder opositor Henrique Capriles na manifestação.

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(Com AFP e Reuters)

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