Explosão de bomba em colégio na Itália mata estudante
Atentado pode ter relação com aniversário da morte de célebre juiz antimáfia
A explosão de uma bomba no colégio feminino Morvillo Falcone, na cidade italiana de Brindisi, causou a morte de uma estudante neste sábado. Outras sete pessoas ficaram feridas. Melissa Bassi, de 16 anos, morreu logo após o atentado.
As primeiras informações divulgadas pela imprensa local confirmavam ainda a morte de Veronica Capodieci, também de 16, mas a diretora-geral do hospital Terrino, Paola Ciannamea, desmentiu a informação e afirmou que a menina está “viva e estável, embora os ferimentos que sofreu sejam muito graves”.
Segundo moradores da área, a explosão foi muito potente e destruiu os vidros do colégio e os dos edifícios próximos. A detonação aconteceu às 7h45 locais (2h45 de Brasília) e, segundo os investigadores, os artefatos de fabricação caseira estavam unidos a dois botijões de gás escondidos em mochilas que foram colocadas em um contêiner diante do colégio.
Suspeitas – O colégio leva o nome de Francesca Morvillo, que foi assassinada junto a seu marido, o juiz italiano Giovanni Falcone, e a outros três guarda-costas em um atentado perpetrado pela máfia em 23 de maio de 1992.
Os investigadores italianos, que não descartam nenhuma possibilidade, acreditam que o atentado pode ter alguma relação com a proximidade do 20º aniversário da morte de Morvillo e Falcone, embora não excluam a hipótese de ter sido obra de um desequilibrado solitário. Temendo novos atentados, as autoridades decidiram evacuar os demais colégios da região.
Na última quinta-feira, o governo decidiu reforçar os dispositivos de segurança para mais de 14 mil possíveis alvos terroristas, após o recente atentado sofrido pelo executivo-chefe do grupo Ansaldo Nucleare, Roberto Adinolfi, e a tensão gerada em torno da agência de arrecadação de impostos Equitalia.
(Com agência EFE)