Ex-modelo é a nova líder da oposição japonesa
Renho Murata, do Partido Democrático, é ex-modelo e ex-apresentadora de TV
A parlamentar Renho Murata foi escolhida nesta quinta-feira líder do Partido Democrático (PD) do Japão, se tornando a primeira mulher a liderar a oposição em um país marcado por baixíssima presença feminina na política. A ex-modelo e jornalista de 48 anos, que foi ministra de 2010 a 2012, venceu de maneira arrasadora (obteve 60% dos votos) a corrida pela liderança contra o ex-ministro de Relações Exteriores Seiji Maehara e o deputado Yuichiro Tamaki.
Sua escolha ocorreu depois que outras duas mulheres conseguiram assumir nos últimos meses postos de relevância na política japonesa: A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e a ministra da Defesa, Tomomi Inada. Renho chega à liderança do PD em um momento de grande fraqueza para a formação de centro que conseguiu resultados muito decepcionantes em todas eleições realizadas após seu governo entre 2009 a 2012.
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O principal desafio da ex-apresentadora de televisão, membro da ala mais progressista de sua formação, é recuperar a credibilidade do PD para se transformar de novo em uma alternativa de governo contra o imbatível Partido Liberal-Democrata (PLD) do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Parlamentar desde 2004, Renho é filha de um taiwanês e, apesar de ter nascido no Japão, não adquiriu nacionalidade até os 17 anos. Sua escolha é vista como um grande passo no posicionamento da mulher no Japão, um país que sendo a terceira potência econômica do mundo conta, com taxas de participação feminina na política inferiores a nações como Botsuana, Libéria ou Gana. Apenas 45 das 475 cadeiras da câmara japonesa estão ocupadas por mulheres, o que representa 9,5%.
(Com agência EFE)