A política de vistos que impede os trabalhadores mais qualificados de permanecer nos Estados Unidos equivale a um “suicídio nacional”, advertiu nesta quarta-feira o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.
Bloomberg, um enérgico defensor de uma reforma migratória nos Estados Unidos, disse que as atuais restrições estão afetando o país, em uma batalha internacional cada vez mais dura para atrair a mão de obra mais qualificada e mais bem educada.
“Como resultado, os Estados Unidos já não são destino inevitável para empresas e para a inovação. Países da Ásia e da América Latina atraem agora com oportunidades. Por isso, os Estados Unidos simplesmente têm de competir por talentos como nunca antes”, completou em um discurso.
Bloomberg, que antes de se tornar prefeito, em 2002, fundou a empresa de imprensa e dados financeiros Bloomberg LP, afirmou que as regras de vistos nos Estados Unidos estão “sabotando” a economia do país.
“Chamo isso de suicídio nacional. E realmente penso que se trata disso”, completou.
O eixo do problema é que, segundo Bloomberg, apesar de quase 1 milhão de novos residentes permanentes serem admitidos, apenas 15% deles obtêm um visa que responde às necessidades econômicas americanas, enquanto 85% restantes o consegue por razões familiares e pessoais.
“É por isso que acredito que devemos ampliar o número de ‘Green Cards’ (permissões de residência) para os melhores, trabalhadores muito qualificados que precisamos que se somem de forma permanente à economia americana”, concluiu.