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EI é acusado de usar escudos humanos para defender Mosul

Os jihadistas estão impedindo que os moradores fujam da cidade

Por Da redação
18 out 2016, 18h20

Moradores da cidade de Mosul, no Iraque, disseram que o Estado Islâmico está usando civis como escudos humanos enquanto forças iraquianas e curdas capturam vilarejos afastados em seu avanço sobre o bastião dos jihadistas.

Relatos indicam que o líder do EI está entre os milhares de militantes linha-dura ainda na cidade, o que sugere que o grupo terá que se esforçar muito para repelir a coalizão.

Como as forças de ataque ainda estão entre 20 e 50 quilômetros distantes, moradores contatados por telefone disseram que mais de 100 famílias começaram a sair dos subúrbios do sul e do leste mais expostos à ofensiva rumo a partes mais centrais de Mosul.

Os militantes do Estado Islâmico estão impedindo que as pessoas fujam da localidade, disseram, e um deles contou que eles encaminham pessoas a prédios que os próprios radicais usaram recentemente.

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“Está bem claro que o Daesh (Estado Islâmico) começou a usar civis como escudos humanos ao permitir que famílias permaneçam em edifícios que provavelmente serão alvejados por ataques aéreos”, disse Abu Mahir, que mora perto da universidade da cidade.

Em Washington, o porta-voz do Pentágono, capitão Jeff Davis, afirmou que se sabe que civis estão sendo usados como escudos humanos. “Isto está acontecendo há várias semanas, durante as quais vimos civis sendo detidos à força e sendo impedidos de circular para não poderem sair de Mosul. Eles estão sendo mantidos contra a vontade”, disse.

Davis descreveu a operação para retomar Mosul como “uma luta feia”, acrescentando: “Mas vou dizer a vocês que vimos um ótimo progresso. É o primeiro dia, não fiquem muito esperançosos, vai levar um tempo”.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas ainda moram em Mosul, e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse que o Estado Islâmico pode utilizar dezenas de milhares de moradores como escudos humanos para manter seu último baluarte urbano no Iraque.

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A OIM disse existir a possibilidade de ataques químicos dos jihadistas, que já usaram tais armas contra forças iraquianas curdas.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, disse que foram preparadas rotas seguras para os civis que querem deixar Mosul, e que cabe à coalizão liderada pelos Estados Unidos impedir que combatentes do Estado Islâmico escapem para a vizinha Síria.

A queda de Mosul assinalaria a derrota dos jihadistas sunitas ultrarradicais no Iraque, mas também poderia levar à ocupação de terras e confrontos sectários entre grupos que se enfrentaram depois da deposição de Saddam Hussein em 2003.

(Com Reuters)

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