Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Espanha se desculpa por violência em referendo da Catalunha

O líder do governo catalão, Carles Puigdemont, falará ao Parlamento regional na terça-feira

Por Da redação
Atualizado em 6 out 2017, 17h35 - Publicado em 6 out 2017, 12h55

A Espanha pediu desculpas nesta sexta-feira pela violência da repressão policial durante o referendo de independência da Catalunha, em um gesto conciliador tomado no momento em que os dois lados procuram uma maneira de sair da pior crise política desde que a nação reconquistou a democracia, há quatro décadas.

O representante do governo espanhol na Catalunha, região responsável por um quinto da economia nacional, fez o pedido de desculpas no momento em que o líder separatista catalão parece recuar de um plano para declarar independência possivelmente já na segunda-feira.

“Quando vejo estas imagens, e ainda mais quando conheço pessoas que foram atingidas, empurradas e até uma pessoa que foi hospitalizada, só posso lamentar e me desculpar em nome das autoridades que intervieram”, disse Enric Millo em uma entrevista à televisão.

A polícia espanhola usou cassetetes e balas de borracha para impedir as pessoas de votarem no referendo de domingo, que Madri proibiu alegando ser inconstitucional. As cenas causaram repúdio mundial e insuflaram o sentimento separatista, mas não bastaram para evitar o que o governo catalão descreveu como uma maioria esmagadora de votos “sim”.

Momentos antes, uma porta-voz parlamentar catalã disse que o líder do governo regional, Carles Puigdemont, havia pedido para se dirigir aos parlamentares regionais na terça-feira, algo que pareceu se chocar com planos anteriores de pedir uma moção de independência na segunda-feira. Puigdemont quer falar sobre a “situação política”, acrescentou a porta-voz.

Continua após a publicidade

O tom mais brando contrastou com comentários anteriores feitos nesta sexta-feira pelo chefe de política externa da Catalunha, Raul Romeva, à rádio BBC, segundo o qual a região levará o debate sobre a separação adiante no Parlamento regional.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, acenou com conversas políticas com todos os partidos em busca de uma solução para a crise, abrindo a porta para um acordo que daria mais autonomia à Catalunha – mas descartou a independência e rejeitou uma proposta catalã sugerindo uma mediação internacional.

As apostas são altas para a quarta maior economia da zona do euro. A Catalunha representa uma grande fatia de seu recolhimento de impostos e abriga unidades de multinacionais como a montadora Volkswagen e a farmacêutica AstraZeneca .

Continua após a publicidade

A secessão também poderia alimentar divisões separatista-nacionalistas no resto da Espanha, que justamente neste ano viu a guerrilha basca do ETA depor as armas depois de uma campanha de quase meio século.

(com Reuters)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.