A Espanha ordenou que as forças de segurança do país ficassem em alerta máximo nesta sexta�feira, quando o grupo ETA, organização terrorista basca, completa 50 anos. Segundo grupos de segurança espanhóis, os terroristas querem provar que, mesmo após a prisão de alguns de seus principais comandantes, o grupo não ficou enfraquecido.
O governo espanhol responsabilizou o ETA pelos atentado ocorridos nesta semana no país. Uma bomba provavelmente acionada à distância matou dois agentes da Guarda Civil, Carlos Sáenz e Diego Salvá Lezaun, e deixou dezenas de pessoas feridas no município de Calviá, em Palma de Mallorca. Mais tarde, policiais desativaram uma bomba que estava em um carro estacionado a poucos metros do local da primeira explosão.
As autoridades já têm os nomes e fotos de dois suspeitos de terem participado dos ataques recentes, segundo informou o jornal espanhol El País. A polícia acredita que os terroristas ainda estão na ilha, escondidos e “esperando a situação esfriar em algum apartamento”. Barreiras foram montadas em portos e aeroportos locais para evitar que ninguém saísse ou entrasse na ilha sem estar devidamente identificado.
Desde sua fundação, em 1959, a organização separatista provocou mais de 850 mortes. O ETA luta pela criação de um estado independente na região do País Basco e do sul da França. Os Estados Unidos e a União Europeia colocam o grupo em sua lista de organizações terroristas internacionais.