O estado de exceção declarado no Equador devido à rebelião de policiais foi estendido até o dia 8 de outubro, sexta-feira, segundo decreto emitido pelo presidente Rafael Correa nesta terça-feira. Pouco antes, um representante do governo havia anunciado que não se prorrogaria o prazo de cinco dias dado na quinta-feira passada, após a revolta que cercou o presidente do país.
O secretário jurídico da Presidência, Alexis Mera, em declarações reproduzidas pela Secretaria de Comunicação da Presidência, indicou mais cedo que o estado de exceção terminaria à meia-noite desta terça-feira. “Não há necessidade de estendê-lo porque o país está retornando à calma paulatinamente”, assinalou Mera após ressaltar que “o Governo está muito, muito entristecido” com a revolta policial.
Por sua vez, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, fez um apelo “ao conjunto da sociedade equatoriana para manter a unidade pela democracia e por um Governo eleito legitimamente”. “O que aconteceu na quinta-feira é muito preocupante e não podemos dizer que podemos ficar tranquilos. Devemos ter muita cautela e estar muito alerta”, advertiu o chanceler.
Já o ministro coordenador de Segurança Interna e Externa, Miguel Carvajal, destacou que serão revisadas todas as provas possíveis para identificar os organizadores da rebelião policial.
Na quinta-feira passada, Correa permaneceu várias horas refugiado em um hospital na capital equatoriana, cercado por policiais insurgentes que contestavam a supressão de gratificações trabalhistas.
(com Agência EFE)