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Equador defende Snowden e avalia pedido de asilo

Julian Assange diz que ex-técnico da CIA está são e salvo em lugar seguro

Por Da Redação
24 jun 2013, 13h21

O ministro de Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, defendeu nesta segunda-feira as ações de Edward Snowden, ex-técnico da CIA acusado de espionagem pelos Estados Unidos, e afirmou que o país estuda o seu pedido de asilo. O paradeiro de Snowden, que partiu de Hong Kong e chegou a Moscou no domingo, ainda é desconhecido, apesar de o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ter afirmado nesta segunda que o ex-técnico da CIA está “são e salvo” e a caminho do Equador através de uma “rota segura que inclui a Rússia e outros países”.

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Snowden revelou a existência do programa Prism, que permite ao governo dos Estados Unidos vasculhar gravações telefônicas e de internet, além do tráfego em redes sociais, de milhões de americanos. A revelação da rede secreta de bisbilhotagem, feita no início deste mês, se transformou no mais novo escândalo da gestão Obama e deixou estarrecidos os defensores das liberdades civis.

“O denunciado persegue o denunciante. O homem que tenta levar luz e transparência a fatos que afetam todas as pessoas se vê perseguido por aqueles que deveriam dar explicações sobre as denúncias apresentadas”, disse Patiño em uma entrevista no Vietnã, onde está em visita oficial.

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O chanceler também criticou a declaração do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que classificou Snowden como “traidor da pátria”. “Devemos perguntar: quem traiu quem? Por acaso alguns cidadãos não são leais a seus compatriotas e ao resto da humanidade por terem revelado riscos e perigos que envolvem todos?”, questionou.

Apesar do discurso inflamado de Patiño, aparentemente em defesa da democracia, o Equador do presidente Rafael Correa tem se notabilizado pelo cerco à imprensa e ao Judiciário e por outras medidas autoritárias.

Pedido – No domingo, o Equador recebeu o pedido de asilo do americano, que está sendo analisado pelo governo de Rafael Correa, levando em consideração “a Constituição, a declaração universal dos direitos humanos e outros instrumentos no marco do direito internacional”, segundo Patiño. Quito comunicou a decisão a Moscou, onde Snowden desembarcou no domingo, e, segundo o chanceler equatoriano, está esperando que a Rússia “tome a decisão que considerar mais conveniente, segundo suas leis e normas internacionais”. Saiba mais: EUA investigam em segredo milhões de telefonemas Na mesma entrevista, o chanceler falou sobre o teor da carta enviada por Snowden para pedir o asilo. “Escrevo para solicitar asilo ao Equador ante o risco de perseguição por parte do governo dos Estados Unidos e seus agentes”, escreveu Snowden. No texto, ele também afirma que, caso seja detido, “é improvável que receba um julgamento justo ou um tratamento humano, correndo o risco de prisão perpétua ou pena de morte”. Além disso, se compara ao soldado Bradley Manning, acusado de ter repassado ao WikiLeaks quase 700.000 documentos militares e diplomáticos considerados secretos pelo governo dos Estados Unidos. Patiño afirmou que não pode comentar onde Snowden está agora. Uma fonte anônima citada pela imprensa russa disse que o ex-técnico da CIA viajaria nesta segunda-feira para Cuba. No entanto, segundo fontes do serviço de segurança russo citadas pela agência Interfax, o americano não estava a bordo do avião que saiu de Moscou. Só há um voo direto por dia de Moscou a Havana, e não há viagens diretas para Quito. Consequências – John Kerry afirmou hoje na Índia, onde está em visita, que espera que os países latino-americanos e a Rússia cumpram a lei e extraditem Snowden. Além disso, advertiu para possíveis consequências que as autoridades de Hong Kong poderão sofrer. (Com agências France-Presse e Reuters)

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