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Embaixador americano nega existência de base de espionagem em Brasília

Thomas Shannon diz que programa de vigilância dos EUA foi mal-interpretado

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jul 2013, 19h59

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, negou nesta segunda-feira a autoridades do governo brasileiro que o governo americano tenha montado uma base de espionagem na capital. O governo cobrou respostas sobre a espionagem contra brasileiros depois que o jornal O Globo revelou que o país foi alvo da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês). Embora o governo americano ainda vá responder oficialmente às autoridades brasileiras sobre as suspeitas de montagem de uma base espiã em Brasília, Shannon disse que “nunca ouviu falar de central de coleta de dados”.

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Para o embaixador, houve uma distorção das informações sobre os programas de vigilância americanos. “Temos uma excelente cooperação com o Brasil na área de inteligência e também na área policial. Infelizmente projetaram uma imagem do nosso programa que não é a correta. Estamos trabalhando com os brasileiros para responder suas perguntas. Agradeço muito a colaboração do governo do Brasil e vamos seguir trabalhando com ele”, disse o diplomata, após reunião no Ministério das Comunicações.

Na reunião, o embaixador disse que as agências de inteligência dos EUA monitoram comunicações, mas não o conteúdo, apenas metadados – informações de quem entra em contato com quem, quando, quantas vezes, a partir de onde. “Ele não negou que haja monitoramento, mas negou que tivesse qualquer participação de empresas brasileiras nesse assunto e disse que nunca tiveram nenhum tipo de contato com empresas brasileiras para fazer isso”, afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

O ministro informou que a Polícia Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações vão continuar a investigar se Brasília fez ou não parte de uma rede de 16 bases de coleta ilegal de dados da população. Bernardo diz que o monitoramento pode ter sido realizado por meio de cabos submarinos e satélites. “Temos de averiguar todas as denúncias e vamos fazer isso”.

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Shannon também participou nesta segunda de uma reunião com o Gabiente de Segurança Institucional. As principais preocupações das autoridades brasileiras são a possível participação de empresas nacionais no esquema de arapongagem e se houve a instalação clandestina de uma base de monitoramento em território nacional.

Histórico – As informações sobre programas secretos de vigilância do governo americano foram repassadas à imprensa pelo ex-técnico da CIA e consultor da NSA Edward Snowden, que é acusado de espionagem pelas autoridades dos EUA. Antes mesmo da divulgação dos detalhes sobre as operações, ele viajou para Hong Kong. De lá, foi para a Rússia, e estaria vivendo em uma área de trânsito dentro do aeroporto de Moscou, impedido de sair porque seu passaporte foi suspenso pelo governo americano. Países latino-americanos ofereceram asilo político ao delator.

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