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Em nova estratégia de defesa, ex-namorado tenta se distanciar de Amanda Knox

Italiano Raffaele Sollecito diz não esteve com a namorada americana durante toda a noite em que a estudante britânica Meredith Kercher foi morta

Por Da Redação
1 jul 2014, 12h46

Raffaele Sollecito afirmou nesta terça-feira que não esteve junto de Amanda Knox durante toda a noite do assassinato da jovem Meredith Kercher, em 1º novembro de 2007. Ex-namorado de Amanda, ele também foi condenado pela morte da estudante britânica. Agora, sua defesa muda de estratégia e tenta distanciá-lo da americana. “Eu não sou o fiador de Amanda Knox, eu sou Raffaele Sollecito”, disse o italiano, em entrevista coletiva em Roma.

Anteriormente, Amanda e Raffaele afirmaram que passaram juntos na noite do crime, no flat onde o italiano morava. Desta forma, um serviu como álibi do outro. Mas a tática dos advogados de Raffaele mudou depois da segunda condenação do casal, no final de janeiro deste ano. Para a Corte, os dois desferiram os golpes que mataram a britânica junto com o traficante marfinense Rudy Guede, que está preso.

Amanda recebeu uma sentença de 28 anos e seis meses de prisão e Sollecito foi condenado a 25 anos atrás das grades – sua defesa prepara o recurso que deverá ser analisado pela Suprema Corte italiana no ano que vem. “É imperativo que a corte italiana considere o caso de Raffaele separado do de Amanda”, disse o advogado John Kelly, segundo declarações reproduzidas pela rede americana CNN.

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Outra advogada do italiano, Giulia Bongiorno, disse que o recurso vai citar uma mensagem de texto enviada por Amanda provando que o casal não estava junto a noite toda. “A mensagem, de acordo com o próprio tribunal, não foi enviada da casa dele. Portanto, o casal não estava junto”, argumentou.

Sollecito insistiu que não está mudando sua história, apenas destacando melhor suas dúvidas. Ao falar sobre o dia do crime, o italiano disse que sua então namorada esteve com ele, mas foi ao apartamento onde morava com Meredith para tomar banho. Ao retornar, ela estava “muito agitada” e disse que parecia que alguém havia invadido o apartamento e que havia sangue no banheiro. No entanto, em vez de telefonar para a polícia, ela tomou banho e voltou para a casa do namorado.

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“É claro que fiz várias perguntas. Por que você tomou banho? Por que passou tanto tempo lá?”. Nenhuma das questões foi respondida claramente, afirmou. “Não estou dizendo que Amanda é responsável por toda esta situação, mas eles focam nela e a acusam o tempo todo, mas eu não tenho nada a ver com toda essa situação e todas essas acusações”.

Os advogados pontuaram que a condenação do casal teve como base uma nota escrita por Amanda quando ela estava presa, na qual ela admite estar presente no apartamento quando Meredith foi esfaqueada. Para Sollecito, a versão é fruto da “imaginação e alucinação”. “Amanda e eu ainda acreditamos que ela é inocente”, completou.

A defesa do italiano pretende conseguir a anulação de toda a sentença condenatória, mas a Suprema Corte pode também ratificar a condenação ou ordenar que um novo julgamento seja realizado. Desde a morte de Meredith, em 2007, o casal enfrenta uma novela jurídica. Os dois foram condenados, depois absolvidos e então condenados novamente. Amanda, de 26 anos, voltou a morar em Seattle, nos EUA, depois de sair da prisão, e Sollecito, de 30 anos, teve seu passaporte confiscado e aguarda a decisão dos juízes na Itália.

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