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Egito tem dia de mobilização contra poder militar

Por Por Hassen Jouini
22 jun 2012, 16h03

Milhares de egípcios se manifestavam nesta sexta-feira na Praça Tahrir, do Cairo, convocados pela Irmandade Muçulmana, que afirmou não querer um confronto, e sim o reconhecimento da vitória de seu candidato, Mohamed Mursi, nas eleições presidenciais.

O movimento não quer “confronto ou violência. Tudo isso é boato”, afirmou Mursi, que reivindicou a vitória no segundo turno, realizado nos dias 16 e 17, assim como seu rival, Ahmed Shafiq. “Não temos problemas com as Forças Armadas, embora elas tenham cometido erros nos últimos dias”, acrescentou.

Os resultados oficiais do segundo turno ainda não foram divulgados. Ontem, Shafiq pediu calma e se mostrou seguro de que irá se tornar o próximo presidente do Egito, acusando a Irmandade Muçulmana de tentar “pressionar a Comissão Eleitoral” com suas manifestações.

O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder desde a renúncia de Mubarak, em fevereiro de 2011, criticou os anúncios nesta sexta-feira, assinalando que eles contribuíram para criar um clima de tensão.

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Assegurando que respeita o direito a manifestações pacíficas, o Conselho pediu que as partes “evitem qualquer ação que ameace a segurança do país”, e afirmou que agirá “com a maior firmeza diante de qualquer tentativa de prejudicar os interesses públicos e privados”.

Sob um forte calor, milhares de pessoas reuniam-se desde a manhã na Praça Tahrir, agitando bandeiras egípcias, exibindo fotos de Mursi e gritando “Abaixo o Exército!”.

À tarde, milhares de pessoas continuavam tomando a praça, onde os oradores se sucediam na tribuna, entre eles membros do Parlamento, recém-dissolvido.

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A Irmandade Muçulmana, maior força política do Egito e rival histórica dos militares, que comandam a vida política desde a queda da monarquia, em 1952, viu-se apoiada na manifestação por outros grupos políticos, como o Movimento do 6 de Abril, um dos que iniciaram a rebelião de 2011.

O Partido da Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do movimento, anunciou que irá apresentar “um projeto político nacional para defender a revolução”, e acusou os militares de terem dado “um golpe de Estado constitucional”.

O CSFA se atribuiu prerrogativas que lhe permitem se manter no poder seja qual for o resultado das eleições, após a dissolução, por decisão da Corte Constitucional, do Parlamento, eleito recentemente e controlado pela Irmandade Muçulmana.

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Neste contexto de tensão, os egípcios aguardam a divulgação dos resultados oficiais, que estava prevista para ontem.

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