Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Egito: plebiscito decide se militares ficam no poder

'Estamos dispostos a entregar a responsabilidade', anuncia Junta Militar

Por Da Redação
22 nov 2011, 15h19

A Junta Militar que governa o Egito desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak anunciou nesta terça-feira que aceitou a renúncia do gabinete provisório e concordou em fazer um plebiscito para que a população decida se eles continuam ou não no poder. Pouco antes, os principais partidos políticos egípcios firmaram um acordo para a formação de um “governo de união nacional” e a realização de eleições presidenciais antes do dia 30 de junho de 2012.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
  2. • Durante as manifestações, mais de 850 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que, junto a seus filhos, é acusado de abuso de poder e de premeditar essas mortes.
  3. • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cede à pressão e renuncia ao cargo, deixando Cairo.
  4. • No lugar dele, assumiu a Junta Militar que segue governando o Egito até as eleições.

Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’

“Estamos dispostos a entregar imediatamente a responsabilidade se o povo assim demonstrar em um plebiscito popular”, disse o presidente do Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, Mohammed Hussein Tantawi, sem oferecer mais detalhes, pouco antes do final de seu discurso à nação. Ele confirmou que a Junta Militar tem a intenção de realizar eleições presidenciais antes de julho de 2012, e de manter o pleito legislativo na data prevista, ou seja, a partir da próxima segunda-feira. “Não buscamos a Presidência, e as Forças Armadas rejeitam qualquer tentativa de afetar sua reputação”, acrescentou.

Além disso, Tatawi acusou “alguns”, sem dar nomes, de tentar levar a Junta Militar ao confronto, mas garantiu que a autoridade militar foi “paciente” e que exerceu o autocontrole ao máximo. “Nunca tomamos decisões políticas unilaterais, sempre consultamos os poderes políticos. Desde o começo, iniciamos um processo político para entregar o poder a uma autoridade civil”, afirmou. As palavras de Tantawi foram recebidas com gritos de “fora, fora” na praça Tahrir, onde dezenas de milhares de manifestantes exigem a saída imediata dos generais.

Continua após a publicidade

Apesar de Tatawi afirmar que os militares “se controlaram”, desde sábado, pelo menos 36 pessoas morreram e mais de 1.700 ficaram feridas nos confrontos que tomam o centro da capital Cairo.

(Com agência EFE)

Leia no blog de Reinaldo Azevedo:

“Insisto numa questão até agora ignorada. Qual é a razão da ‘segunda revolução egípcia’? Nova, não há nenhuma, a não ser a agitação que busca ter, obviamente, um impacto eleitoral. No começo, eram todos unidos contra Mubarak. Agora, todos unidos contra a Junta Militar – a tal ‘garantia’ na cabeça oca da turma que cerca Obama. Depois das eleições, esse “todos” vai se desfazer em facções. Vamos ver quem leva. Tenho uma suposição…”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.