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Egito convocará referendo para março, diz advogado

Protestos contra corrupção tomam o sul do país africano neste domingo

Por Da Redação
27 fev 2011, 12h50

O Conselho Militar do Egito pretende convocar um referendo sobre emendas constitucionais para o mês que vem, disse no domingo um advogado que ajudou a prepará-las. O ex-ministro do Interior do Egito, Habib el Adly, acusado de lavagem de dinheiro, também será julgado a partir de 5 de março, segundo fontes judiciais.

Sobhi Saleh, um membro do comitê de redação que revelou as propostas de emendas constitucionais no sábado, afirmou que o referendo será formalmente anunciado nesta semana e que as pessoas votarão sobre a nova lei básica antes do fim de março. As emendas incluem mudanças que vão ampliar a concorrência à Presidência, limitar o tempo de permanência no poder de cada líder e garantir uma supervisão judicial das eleições.

Depois do referendo, virão as eleições para o Senado e para a Câmara dos Deputados, disse Saleh, sem dizer quando as eleições acontecerão. As eleições presidenciais devem acontecer depois das eleições legislativas. O Conselho Militar, para quem o ex-presidente Hosni Mubarak entregou o cargo dia 11 de fevereiro, dissolveu o Parlamento e suspendeu a constituição.

O chefe da Liga Árabe, Amr Mussa, afirmou neste domingo ter planos de se candidatar à Presidência. “Pretendo concorrer nas próximas eleições presidenciais, e um anúncio (oficial) será feito no tempo certo”, afirmou, segundo a agência Mena.

Corrupção – O ex-ministro do Interior Habib el Adly será o primeiro homem forte do regime de Mubarak a encarar os tribunais. Ele foi preso em 17 de fevereiro, junto com o ministro do Turismo, Zoheir Garranah, e o empresário do aço Ahmed Ezz, ex-membro do partido de Mubarak.

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Em protesto contra a corrupção no governo, moradores da região sul do Egito bloquearam uma estrada com pneus em chamas e atearam fogo a três prédios do governo neste domingo. Na província de Assiut, centenas de trabalhadores civis entraram em greve por melhores condições de vida, afirmando que autoridades estão distribuindo benefícios sociais de forma injusta.

Revolta – A irritação com a corrupção foi um dos motivos para os levantes que derrubaram o presidente egípcio, neste mês. No sábado, um painel de reforma constitucional indicado pelos comandantes do Exército egípcio, que assumiram no lugar de Mubarak, recomendou reformas constitucionais abrangentes.

Entre as mudanças previstas está o limite de dois mandatos para futuros presidentes – uma alteração drástica do sistema que permitiu que Mubarak governasse por três décadas. As mudanças estão entre dez emendas constitucionais propostas que irão a referendo popular neste ano.

(Com agências Reuters, France-Presse e Estado)

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