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‘É um dia angustiante’, diz chanceler argentino sobre submarino

A Marinha cogita a possibilidade de ter ocorrido uma explosão no submarino San Juan

Por EFE
Atualizado em 24 nov 2017, 11h54 - Publicado em 23 nov 2017, 22h54

O chanceler da Argentina, Jorge Faurie, reconheceu a “angústia” que o país está vivendo nesta quinta-feira depois que a Marinha cogitou a possibilidade de ter ocorrido uma explosão no submarino San Juan, que está desaparecido há oito dias.

“Hoje pela manhã, nosso embaixador na Áustria, Rafael Grossi, nos passou uma informação proveniente da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO, integrada ao sistema da ONU)”, relatou Faurie sobre a organização cuja sede fica em Viena.

Essa informação, segundo o porta-voz da marinha argentina, Enrique Balbi, indica que foi registrado um “evento anômalo singular curto, violento e não nuclear consistente com uma explosão” na mesma região onde o submarino fez contato pela última vez na quarta-feira, dia 15 de novembro.

Antes de participar de um ato em Buenos Aires junto com o embaixador de Israel, Faurie disse que, depois que esta notícia da suposta explosão no San Juan veio à tona, os argentinos vivem “um dia de bastante angústia”.

Explosão

Em declarações à emissora TN, Grossi, embaixador argentino na Áustria e especialista nuclear, relatou o trabalho realizado junto aos técnicos do CTBTO, que se dedicam a monitorar a possível ocorrência de explosões nucleares no planeta.

Este trabalho é feito através de uma rede internacional de estações de detecção de distintas tecnologias sísmicas, outras de “radioisótopos atmosféricos” e outras de tipo hidroacústico, que trabalham com estações de detecção instaladas no fundo dos mares.

“Sentamos com os técnicos para analisar as informações hidroacústicas que eles tinham dos últimos dias, que poderiam ser úteis para nossas buscas, e pudemos obter dados que confirmam a existência de um evento isolado na manhã de 15 de novembro, algumas horas depois da última comunicação entre o San Juan e sua base”, destacou Grossi.

Nesse sentido, o embaixador pediu “muita cautela”, pois esses dados oferecidos pelas estações hidroacústicas “indicam uma certa caraterística definida pelo movimento da onda hidroacústica, a velocidade que tem e outras caraterísticas”.

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“Por isso, me explicaram e entendo pela minha experiência, os dados indicam uma certa morfologia que é consistente com a de uma explosão. Não se trata de um movimento sísmico, nem de um ruído provocado por algum mamífero marinho ou algo biológico”, acrescentou Grossi.

“Os elementos de detecção dizem que aqui houve um fenômeno quase idêntico ao de uma explosão e que aconteceu neste lugar, onde casualmente estava o submarino”, concluiu o embaixador.

Operações de busca

As operações de busca pelo ARA San Juan continuam em uma fase crítica. Caso a embarcação não tenha emergido desde seu desaparecimento, o estoque de oxigênio disponível seria suficiente para manter os 44 membros da tripulação vivos por até sete dias e já teria se esgotado.

O navio norueguês Skandi Patagonia, equipado com quatro submarinos autônomos não tripulados da Marinha americana que serão utilizados para auxiliar nas buscas do ARA San Juan, está a caminho da área no Atlântico onde foi registrada a “anomalia acústica”. A embarcação carrega uma cápsula capaz de alcançar uma profundidade de até 260 metros, que pode ser acoplada à escotilha do submarino para ser usada no resgate dos tripulantes.

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