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Ditador da Coreia do Norte envenenou a própria tia, diz desertor

Ex-funcionário do regime comunista afirmou que Kim Jong-un matou a mulher de Jang Song Thaek, o tio cuja execução o tirano ordenou em 2013

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h33 - Publicado em 11 Maio 2015, 22h10

O ditador norte-coreano Kim Jong-un envenenou a própria tia, Kim Kyong Hui. É o que alega um ex-funcionário do regime comunista que fugiu do país. À rede americana CNN, o dissidente afirmou que o assassinato ocorreu entre os dias 5 e 6 de maio. “Somente seu grupo de guarda-costas, a Unidade 974, sabia disso. Agora, importantes funcionários sabem que ela foi envenenada”, afirmou o desertor, identificado pela CNN como Park para proteger a sua verdadeira identidade.

O tirano teria ordenado o envenenamento da tia após ela se rebelar com a execução do marido, Jang Song Thaek, em dezembro de 2013. Ele também era tio de Kim Jong-un e foi condenado à morte pelo ditador por questões políticas. Especialistas dizem que Thaek foi o mentor do sobrinho e era considerado o número dois do regime comunista. Oficialmente, a ditadura afirmou que ele foi executado por ter cometido crimes de “traição”.

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A tia de Kim Jong-un não era vista em público desde setembro de 2013. Diversos relatos divulgados pela mídia asiática sugeriam que ela poderia estar em estado vegetativo após ter feito uma cirurgia para retirar um tumor do cérebro, ter sofrido um derrame fatal, um ataque do coração ou ter cometido suicídio. Em fevereiro, houve boatos de que a inteligência sul-coreana acreditava que ela estaria viva.

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Kim Jong-un passou a ordenar a execução de inimigos políticos desde que chegou ao poder. Pelo menos quinze importantes funcionários da ditadura norte-coreana foram mortos a mando do tirano somente neste ano. Na última semana, durante uma rara visita ao isolado país, a CNN apresentou às autoridades de Pyongyang a denúncia de que a tia do ditador teria sido envenenada. “Fofoca maliciosa”, respondeu Park Yong Chol, o vice-diretor do Instituto para Pesquisas da Reunificação Nacional. Park, no entanto, não negou que Pyongyang tem executado políticos acusados de derrubar o governo ou subverter o sistema. “Ir atrás de elementos hostis, puni-los e executá-los é muito normal para qualquer país”, afirmou.

Jang Song Thaek – De acordo com o desertor entrevistado pela rede CNN, o tio de Kim Jong-un entrou em atrito com o sobrinho após o ditador decidir construir uma estação de esqui e um parque aquático. As tensões teriam começado após Jang sugerir que a prioridade do país era a recuperação econômica. Preso, Jang foi julgado e executado em menos de uma semana. “Ele não foi morto em um lugar público, mas em uma sala secreta e subterrânea”, declarou o dissidente. Outras trinta pessoas próximas aos tios do tirano teriam sido executadas publicamente por esquadrões armados com metralhadoras de altíssimo calibre.

(Da redação)

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