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Dilma e Obama defendem aliança entre países da América

Presidente participou de evento que antecede Cúpula das Américas ao lado do americano. E pediu alianças 'em pé de igualdade' entre EUA e países latinos

Por Da Redação
14 abr 2012, 15h25

A presidente Dilma Rousseff defendeu, neste sábado, uma maior integração entre os países do continente americano. Dilma participou de uma conversa com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao fim de um fórum empresarial que antecedeu a abertura da 6ª Cúpula das Américas. A presidente ainda afirmou que os países da América Latina precisam adotar medidas para se defenderem contra o enfraquecimento do dólar. Segundo Dilma, a política monetária altamente acomodatícia do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que age independentemente dos governos, mas está sujeito à supervisão do Congresso, inundou os mercados emergentes, como o Brasil, com dólares, provocando desequilíbrios econômicos globais nocivos.

Ela destacou também a necessidade dessas nações buscarem parcerias na região sem protecionismo, afirmando que crise econômica criou desafios para as economias latino-americanas. Dilma afirmou, ainda, que as alianças entre a América Latina e os EUA devem ser feitas em pé de igualdade. “No passado, as relações assimétricas entre norte e sul foram responsáveis por muitos acordos negativos”, afirmou a presidente. “Ninguém produz conhecimento, ciência ou educação de qualidade se um for superior ao outro. Sabemos que não existe diálogo entre pessoas e países desiguais, só existe cooperação se nos colocarmos como países que dependemos uns dos outros para fazer este mundo mais próspero”, completou.

Em um dos atos mais esperado deste fórum, que reúne desde sexta mais de 700 empresários na busca de fórmulas para reduzir o problema da desigualdade social no continente, Dilma reconheceu o importante papel dos Estados Unidos. “Temos que reconhecer a importância da economia dos Estados Unidos, que possui importantes características neste mundo multipolar que está surgindo: uma imensa flexibilidade, uma enorme liderança em ciência, tecnologia e inovação, e suas raízes democráticas”, afirmou.

Já Obama defendeu o reforço dos laços com a América Latina, e ressaltou que o progresso econômico está estreitamente ligado à democracia. “Nosso continente está em muito boa posição diante dos desafios da globalização” destacou Obama, ao enfatizar a necessidade de preservar os valores da democracia, o respeito aos direitos humanos e a segurança.

Obama voltou a defender a promoção da democracia em Cuba. A incorporação a ilha à Cúpula das Américas, reivindicada pela maioria dos países latino-americanos, é rejeitada pelos Estados Unidos. A Casa Branca argumenta que Cuba não cumpre com os requisitos democráticos dos demais. O assunto complicou nesta sexta-feira a reunião de chanceleres para preparar a cúpula. Segundo países como Argentina, Uruguai e Venezuela, não haverá declaração final. Obama ressaltou, no entanto, no fórum os benefícios do livre-comércio entre os países do continente.

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O Brasil e a Colômbia adotaram medidas extraordinárias nos últimos anos para tentar evitar que suas moedas se valorizem muito ante o dólar em mercado cambiais de flutuação livre. A valorização da moeda local torna as exportações dos países muito mais caras nos mercados estrangeiros, ficando muitas vezes difícil para os exportadores venderem seus produtos.

No caso da Colômbia, o banco central comprou US$ 20 milhões por dia no mercado cambial durante grande parte dos dois últimos anos a fim de reduzir o excesso de dólares no país. O governo colombiano também instruiu sua companhia estatal de petróleo Ecopetrol a adiar neste ano a repatriação de mais de US$ 1 bilhão em lucros obtidos no exterior com a venda de petróleo bruto.

(Com agência EFE)

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