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Declarações chulas de Trump devem dominar novo debate

Evento será tudo ou nada para candidato, que queimou o filme com a divulgação de um vídeo em que narra suas investidas sexuais sobre uma mulher casada

Por da Redação
Atualizado em 9 out 2016, 18h27 - Publicado em 9 out 2016, 17h21

O segundo debate entre os candidatos à eleição presidencial dos Estados Unidos, marcado para este domingo às 22h (horário de Brasília), ganhou ares de prova de fogo para o republicano Donald Trump. Durante o novo duelo entre o magnata nova-iorquino e sua rival, a democrata Hillary Clinton, as expectativas não recairão propriamente sobre o embate de ideias ou propostas de governo, mas outro tema capcioso: o estrago causado pela divulgação de gravações em que Trump, com palavras chulas, fala sem rodeios de suas investidas para cima das mulheres e até chama sua própria filha, Ivanka, de “boazuda”. Se as declarações públicas de Trump já tinham um potencial de estrago altíssimo, as revelações daquilo que o boquirroto candidato fala na intimidade ameaçam dinamitar de vez suas pretensões presidenciais.

O escândalo maior foi causado por um vídeo divulgado neste sábado pelo jornal Washington Post. No registro de uma conversa de 2005 feito com um microfone de lapela ligado nos bastidores de uma entrevista, Trump fala sobre o revés que sofreu na tentativa de fazer sexo com uma mulher casada – isto, poucos meses após ele mesmo ter se casado com a ex-modelo Melania, sua terceira mulher. “Quando você é famoso, elas deixam você fazer tudo”, afirma ele no vídeo. “Pegar na b***** dela, você pode fazer qualquer coisa.”

A divulgação do vídeo criou enorme pressão dentro do Partido Republicano para que Trump renuncie à candidatura. Em menos de 24 horas, o candidato viu erodir o já vacilante apoio das estrelas republicanas, do ex-postulante à Casa Branca e senador John McCain à ex-secretária de estado Condoleezza Rice. Até Melania e o vice na chapa de Trump, Mike Pence, não se furtaram em reprimir o candidato em público.

Além do vídeo de 2005, a rede CNN colocou mais lenha na fogueira em que arde a candidatura de Trump ao divulgar antigas entrevistas que ele concedeu ao longo de sete anos a uma figurinha conhecida pelo pendor para a baixaria, o radialista Howard Stern. Nessas conversas, Trump dá suas impressões sobre fazer sexo com mulheres em certos períodos do mês, pontifica que não vale a pena ir para a cama com mulheres acima dos 35 anos e comenta sobre os dotes físicos da própria filha, Ivanka – a quem classifica de “voluptuosa” e “boazuda”.

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O debate de hoje, enfim, transformou-se num tudo ou nada para Trump: ou ele estanca a sangria provocada por tais declarações ou corre o risco de ser dragado pelo escândalo, a apenas um mês das eleições – que se realizarão em 8 de novembro. Trump prometeu que “falará mais” do tema. E Hillary rebateu pelo Twitter: “Isso é terrível. Não podemos permitir que esse homem seja presidente”.

Uma prévia do babado forte do debate já foi dada no tom da defesa do candidato na internet. “Nunca disse que seja perfeito e nunca fingi ser alguém que não sou. Eu tenho dito e feito coisas que me arrependo, e as palavras divulgadas em um vídeo que tem mais de uma década são uma delas”, reagiu Trump, em um vídeo divulgado em suas redes sociais. “Qualquer um que me conhece sabe que essas palavras não me definem. Já disse: me equivoquei e peço desculpas”, disse. Trump aproveitou o pedido de perdão para atacar o marido da rival Hillary, o ex-presidente Bill Clinton – aquele que viu seu mandato ameaçado de impeachment após virem à luz suas estripulias com charutos e uma estagiária no Salão Oval da Casa Branca. “Há uma grande diferença entre as palavras e as ações de outras pessoas. Bill Clinton abusou de mulheres e Hillary (Clinton) perseguiu, atacou, envergonhou e intimidou suas vítimas”, acrescentou Trump, sobre a infidelidade do ex-presidente.

No Brasil, o debate será transmitido ao vivo pelos canais pagos Band News, Bloomberg, CNN Internacional e Globo News, neste domingo 9, a partir de 22h.

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