Cúpula europeia de 12 de fevereiro terá o terror como tema
Informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk
A cúpula europeia prevista para 12 de fevereiro em Bruxelas será dedicada à luta contra o terrorismo, após o atentado contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo, anunciou nesta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. “Falei com o presidente francês François Hollande ontem [nesta quinta] à noite e tenho a intenção de utilizar a reunião de chefes de Estado e de governo de 12 de fevereiro para abordar a resposta que a União Europeia pode fornecer aos desafios” da luta antiterrorista, disse Tusk após uma reunião em Riga com a primeira-ministra da Letônia, Laimdota Straujuma.
O violento ataque em Paris também ressaltou a importância da proposta sobre o compartilhamento de dados de companhias aéreas, que tem sido bloqueada por deputados europeus, afirmou Tusk. O presidente do Conselho Europeu disse que vai pedir na próxima semana ao Parlamento Europeu que acelere os trabalhos referentes à proposta, segundo a qual a polícia e agências de inteligência teriam acesso a anos de informações sobre passageiros que viajam para e da União Europeia. “Eu espero que isso possa nos ajudar a descobrir as viagens de pessoas perigosas. É muito importante, especialmente após o trágico ataque em Paris”, disse Tusk.
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União Europeia prepara novo plano antiterror
Na próxima segunda-feira, o presidente do Parlamento Europeu deve mencionar o combate ao terrorismo em seu discurso de abertura. O presidente da Comissão Europeia, o órgão Executivo da UE, Jean-Claude Juncker, confirmou que o bloco deve apresentar um novo plano antiterror. “Sei por experiência que não se deve reagir no dia seguinte a uma tragédia, porque se comete o erro de ir longe demais ou ficar muito aquém, mas o que aconteceu em Paris nos interpela a apresentar um novo programa antiterrorista nas próximas semanas”, disse.
A União Europeia tem várias ferramentas de combate ao terrorismo, desde um serviço de compartilhamento de informações até mecanismos de financiamento do combate ao extremismo, informou a porta-voz da Comissão Europeia, Natasha Bertaud. “Nosso papel no combate ao terror é primariamente de apoio”, disse, lembrando que cerca de 2.500 integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico podem ter origem europeia.
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