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Cuba: dissidência denuncia recorde de 796 prisões políticas

Número, que se refere somente a dezembro passado, seria o maior em 30 anos

Por Da Redação
10 jan 2012, 15h12

A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) denunciou nesta terça-feira que foram realizadas 796 detenções temporárias por motivos políticos na ilha, número com o qual o regime castrista “quebrou todos os seus recordes dos últimos 30 anos”. Em um relatório divulgado nesta terça-feira – que se refere somente a dezembro passado -, a CCDHRN destaca que o governo continua criminalizando, em seu anacrônico Código Penal, o livre exercício de todos os direitos civis, políticos, econômicos e culturais.

Em declarações à agência de notícias EFE, o porta-voz da comissão, Elizardo Sánchez, atribuiu à “propensão repressiva” do regime cubano o alto número de detenções em um mês que esteve marcado pelo dia dos direitos humanos e a chegada de uma pequena frota de exilados de Miami às águas internacionais em frente à costa de Cuba, de onde lançaram fogos de artifício em apoio à dissidência interna.

A maior parte das detenções de dezembro foi de “curta duração” e algumas “duraram vários dias”, segundo a CCDHRN, que aponta em seu relatório inúmeras ocorrências de violência policial. Com os casos de dezembro, o número de detenções temporárias por motivos políticos registrado pela CCDHRN ao longo de 2011 foi de 4.123, frente aos 2.074 do ano anterior.

Casos – Elizardo Sánchez comentou que o ritmo de prisões de dissidentes em janeiro está sendo semelhante e calcula que já ocorreram entre 20 e 30 nos primeiros dias deste mês. Entre esses casos figura Guillermo Fariñas, que está detido desde segunda-feira na cidade de Santa Clara junto a um grupo de opositores, segundo confirmaram Sánchez e a mãe do dissidente, Alicia Hernández.

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A CCDHRN também menciona o indulto que o governo de Raúl Castro outorgou a quase 2.991 presos cubanos, entre eles sete prisioneiros políticos, o que representa apenas 4% do total da população carcerária estimada na ilha, assim como a libertação adicional de 86 estrangeiros. O documento destaca que, no mesmo dia em que o indulto foi efetivado o regime levou para prisões de alta segurança sem acusações formais e sob condições desumanas três dissidentes pacifistas. O governo de Cuba considera os dissidentes “contrarrevolucionários” e “mercenários” a serviço dos Estados Unidos.

(Com agência EFE)

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