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Cristina publica relatório sobre Guerra das Malvinas

Documento da ditadura qualifica ofensiva argentina de 'aventura militar'

Por Da Redação
23 mar 2012, 00h04

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou na quinta-feira a publicação de um relatório secreto sobre a atuação da última ditadura militar (1976-1983) durante a guerra que seu país e a Grã-Bretanha travaram há 30 anos pela soberania das Ilhas Malvinas.

Entenda o caso

  1. • As Ilhas Malvinas – Falkland, em inglês – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1833.
  2. • O arquipélago foi motivo de tensão entre os dois países até que, em 1982, o ditador argentino Leopoldo Galtieri comandou uma invasão ao território.
  3. • O governo britânico reagiu rapidamente, enviando às ilhas uma tropa quase três vezes maior do que a da Argentina, que se rendeu dois meses depois.
  4. • Na guerra morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.

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O Relatório Rattenbach, que já foi publicado por uma revista em 1983, pode ser encontrado no site oficial da Presidência argentina, depois que uma comissão do Ministério da Defesa e da Chancelaria o entregou à governante. “Essa é a história dos argentinos em sangue vivo”, comentou a presidente.

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O documento, de 17 tomos, foi elaborado pelo militar Benjamín Rattenbach após um decreto de Reynaldo Bignone, o último dos quatro presidentes da ditadura, e em novembro de 1983 foi classificado como segredo político e militar pelo regime. O relatório foi elaborado a partir da investigação e a análise do desempenho e da responsabilidade da condução política e estratégico-militar do conflito bélico.

O texto qualifica de ‘aventura militar’ a tentativa argentina de recuperar as Malvinas, sob domínio britânico, não estabelece o custo da guerra ‘pelos critérios diferentes de cada uma das forças’ e recomenda severas sanções aos integrantes da Junta Militar, entre elas a possibilidade de pena de morte para o ditador Leopoldo Galtieri.

Falhas – O documento assinala que ninguém no governo de fato considerava possível que a Grã-Bretanha enviasse tropas para recuperar as ilhas e relata como foi encolhendo a margem de manobra do regime militar, desde reivindicar a soberania do arquipélago até a oferta de retirar as tropas.

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O texto alude a ‘falhas de coordenação’ entre as Forças Armadas, aos ‘erros’ de Mario Benjamín Menéndez, que fora o governador militar das ilhas após o desembarque argentino, e à ‘falta de presença’ de chefes militares na frente de batalha. Os investigadores militares ainda consideraram que todas as tarefas de comunicação, logística e tática foram ‘ineficientes’, condenaram o ‘excesso de otimismo e a incapacidade para o planejamento das operações bélicas’ e o fato de terem sido enviados às ilhas ‘jovens soldados sem a devida capacitação’.

A publicação do relatório coincide com o aumento da tensão entre os dois países pela questão das Malvinas, às vésperas do 30º aniversário do começo da guerra, que vitimou 255 britânicos, três moradores das ilhas e 649 argentinos.

(Com agência EFE)

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