Cristina Kirchner se compara a Dilma – e até repete discurso
Investigada por corrupção, ex-presidente argentina diz ser "vítima de perseguição"
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que deixou o governo com a imagem arranhada e está sendo investigada por suspeitas de corrupção, se comparou neste sábado a Dilma Rousseff. Repetindo o discurso da presidente afastada do Brasil, Kirchner se disse vítima de “perseguição”.
“Se vê claramente o surgimento de um partido midiático que julga publicamente, um partido judicial que é como o espelho desse partido midiático e um setor que intervém com esses dois braços fundamentais na região”, disse a ex-presidente argentina em entrevista a seis veículos de mídia estrangeiros – TV Al Jazeera, Telesur, Reuters, Sputnik, Jornada de México e portal Nodal.
Leia também:
Dilma sobre impeachment: ‘Quero acabar logo com essa agonia’
Justiça argentina ordena bloqueio de bens de Cristina Kirchner
Justiça argentina investiga Cristina Kirchner por corrupção
Kirchner negou que tenha medo de ser presa por causa das diversas acusações de corrupção que vem sofrendo desde que o presidente Mauricio Macri tomou posse em dezembro. “Estou sendo sincera, não tenho nenhum medo, nenhum. Se eu tivesse, não teria feito o que fiz no governo, como também não teria militado nos espaços políticos que militei desde muito jovem”, disse em entrevista reproduzida pelos jornais argentinos La Nación e Clarín.
Cristina Kirchner é investigada por suspeitas de manobras irregulares que causaram prejuízo econômico para o país. Nas últimas semanas, ela foi acusada de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
No início de julho, um juiz federal argentino ordenou o congelamento das contas bancárias da ex-presidente em meio às investigações sobre as operações de câmbio do Banco Central durante seu governo (2007-2015).
(com AFP)