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Crime brutal contra adolescente motiva protestos na Argentina

Lucía Pérez, de 16 anos, morreu após ser estuprada violentamente por dois homens no início de outubro

Por Da redação
Atualizado em 18 out 2016, 17h00 - Publicado em 18 out 2016, 16h53

Diversas organizações de iniciativa popular convocaram uma paralisação nacional na Argentina nesta quarta-feira, dia 19, como forma de protesto à violência contra a mulher. O movimento surgiu após uma adolescente de 16 anos ser drogada, estuprada e assassinada brutalmente por dois homens em Mar del Plata, centro-leste do país.

O crime aconteceu no dia 8 de outubro. A jovem Lucía Pérez foi drogada com grandes quantidades de maconha e cocaína por dois homens, Matías Gabriel Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidani, de 41. Os dois foram detidos pela polícia argentina um dia após o crime, graças a uma denúncia feita por amigos da adolescente. Um terceiro homem, Alejandro Alberto Maciel, de 61 anos, foi preso nessa segunda-feira, sob acusação de encobrimento do crime.

De acordo com uma reconstrução feita pelo Ministério Público Federal, a vítima entrou em contato com os dois traficantes pela primeira vez no dia 7 de outubro, quando uma amiga os apresentou porque Lucía queria comprar um cigarro de maconha. No dia seguinte, segundo as hipóteses levantadas pela promotora do caso, María Isabel Sánchez, a adolescente estabeleceu algum tipo de relação amorosa com Farías e foi até sua casa, onde os dois homens a drogaram e estupraram violentamente, inclusive com objetos.

Os traficantes tentaram encobrir o crime: deram banho e trocaram as roupas da vítima antes de levá-la a um hospital, onde afirmaram que ela havia sofrido uma overdose de cocaína. Mesmo após várias tentativas de reanimação, a jovem acabou falecendo. Na casa de Farías, a polícia encontrou muitos preservativos e objetos que podem ter sido usados para o estupro de Lucía, de acordo com o jornal argentino Clarín. Segundo Sánchez, a morte da adolescente foi resultado direto de “um abuso sexual violento” com um desses objetos.

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A paralização convocada para essa quarta-feira é uma iniciativa inédita na Argentina, segundo o jornal La Nación. O movimento chamado ‘Ni Una Menos’ é formado por jornalistas, investigadores e ativistas e convocou as mulheres de todo o país a suspender todas as suas atividades entre as 13h e 14h (12h e 13h no Brasil). “No seu escritório, escola, hospital, juizado, redação, loja, fábrica ou onde estiver produzindo, pare por uma hora para exigir ‘Chega de violência machista, nos queremos vivas’”, afirma a convocação para a paralização. Às 17h do horário local de amanhã também está prevista uma marcha até a Plaza de Mayo, em Buenos Aires.

O estupro e assassinato de Lucía chocou os argentinos da mesma forma que o caso de uma menor abusada por pelo menos nove homens em maio no Rio de Janeiro. A adolescente de 16 anos foi estuprada durante horas em uma casa no Morro da Barão, Zona Oeste carioca, e teve o vídeo de seu abuso compartilhado na internet.

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