Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Coreia do Norte alerta que não mudará de política

Por Da Redação
30 dez 2011, 06h07

A Coreia do Norte advertiu nesta sexta-feira ao mundo que não mudará de política com seu novo líder, Kim Jong-un, nem iniciará um diálogo com o atual governo de Seul, um dia depois da proclamação como governante do filho mais novo de Kim Jong-il, que faleceu no dia 17 de dezembro.

“Declaramos de forma solene e com orgulho aos dirigentes políticos estúpidos do mundo, entre eles os fantoches da Coreia do Sul, que não esperem a mínima mudança de nossa parte”, afirma um comunicado da Comissão de Defesa Nacional divulgado pela agência oficial KCNA.

Pyongyang também descartou qualquer possibilidade de discussão com o atual governo sul-coreano.

“Como já dissemos, continuamos nos recusando a estabelecer vínculos com o traidor Lee Myung-bak e seu grupo”, afirma o texto da Comissão de Defesa Nacional, considerada a estrutura mais poderosa do país, em um texto ofensivo ao presidente sul-coreano.

Na quinta-feira, um dia depois do funeral de Kim Jong-il, seu filho Kim Jong-un foi proclamado “líder supremo do partido, do Exército e do povo”, em uma grande cerimônia militar organizada em Pyongyang.

“O mundo deve entender que milhões de soldados e nossos cidadãos, unidos com firmeza ao redor de nosso líder querido Kim Jong-un para transformar o sofrimento em valor e as lágrimas em força, conseguirão a vitória final”, completa o comunicado.

Continua após a publicidade

O Norte prometeu ainda que fará Seul “pagar os “pecados” cometidos por ocasião da morte de Kim Jong-il.

“Faremos pagar até o fim o traidor Lee Myung-bak e seu grupo pelos pecados imperdoáveis, para a eternidade, que cometeram por ocasião do funeral nacional de Kim Jong-il”, afirma a nota, sem explicar em que consistirão as represálias.

Na televisão, as declarações foram repetidas por 10 minutos por um apresentador.

O Norte critica o Sul por ter proibido as visitas de condolências a Pyongyang.

Apenas duas delegações sul-coreanas foram autorizadas a cruzar a fronteira antes do funeral de Kim Jong-il para prestar condolências.

Continua após a publicidade

As delegações foram lideradas pela viúva do ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung, que celebrou com Kim Jong-il a primeira reunião entre as duas Coreias da história em 2000, e pela presidente do grupo Hyundai.

Pyongyang também está irritada com o lançamento de panfletos – por 50 ativistas – que convocam a insurreição contra a dinastia Kim. Os textos foram enviados no dia do funeral presos a balões lançados a partir da fronteira.

Apesar dos pedidos ocidentais para que a Coreia do Norte siga o exemplo de Mianmar e anuncie reformas políticas e econômicas, o novo dirigente parece que, pelo menos a princípio, vai seguir a doutrina familiar da única dinastia comunista do mundo.

O filho mais novo de Kim Jong-il, com menos de 30 anos, não tem experiência de Estado e herda um país com a economia devastada e com dificuldades para alimentar a população. Nos primeiros anos ele pode ser tutelado pela velha guarda que cercava seu pai, sobretudo por Jang Song-thaek, marido de sua tia.

Os primeiros passos de Kim Jong-un serão observados com muita atenção pela comunidade internacional. País com armamento nuclear, a Coreia do Norte representa um desafio considerável para a diplomacia regional da China – sua única aliada de peso – e para o governo dos Estados Unidos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.