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Conselheira da Casa Branca sabia de abusos do Fisco

Informação torna cada vez mais difícil blindar a imagem do presidente Barack Obama em meio ao caso criminoso envolvendo a perseguição a opositores

Por Da Redação
20 Maio 2013, 15h18

A advogada Kathryn Ruemmler, conselheira da Casa Branca, sabia “há semanas” que funcionários do Fisco estavam perseguindo grupos conservadores que pediam isenção de impostos. A informaç��o torna cada vez mais difícil para o presidente Barack Obama sustentar a tese – bastante conhecida dos brasileiros – de que ele não sabia de nada. O democrata afirmou que só soube do escândalo quando ele vazou para a imprensa, no dia 10 deste mês. Nesta data foi revelado o caso criminoso em que o IRS, a receita federal americana, foi usada para intimidar opositores do governo democrata, endereçando-lhes questionamentos que pouco teriam a ver com o escopo de uma investigação fiscal – como perguntas sobre os livros que liam e até mesmo o conteúdo de orações.

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Neste domingo, o Wall Street Journal, citando fontes da Casa Branca, afirmou que Kathryn sabia do esquema desde o dia 22 do mês passado, quando foi informada pelo Departamento do Tesouro que “um pequeno grupo de funcionários do IRS perseguiu inapropriadamente organizações usando termos como ‘tea party’ e ‘patriot'”. Esses termos eram usados para identificar os grupos de oposição ao governo democrata. O departamento que Kathryn comanda trabalha no aconselhamento da Presidência sobre questões legais.

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Em entrevista ao canal NBC, o porta-voz de Obama, Dan Pfeiffer, tentou afastar Obama do escândalo. “Lidamos com a questão da forma mais apropriada. Como eu disse, não tivemos qualquer interferência na investigação. Seria um escândalo, isso sim, se tivéssemos nos envolvido nela”, disse.

A tentativa de blindar o presidente, no entanto, esbarra em outros depoimentos, como o de J. Russell George, inspetor-geral do Tesouro americano para a administração de impostos. Na sexta-feira, em audiência no Congresso, ele disse que a cúpula do governo foi informada em junho do ano passado, a cinco meses da eleição presidencial, de que havia uma investigação em andamento sobre a perseguição do Fisco. A declaração de George comprova que as investidas do IRS contra grupos de oposição eram de conhecimento do alto escalão – e com isso reforça a ideia de que a máquina do governo, no mínimo por omissão de quem poderia ter interrompido imediatamente os abusos, foi usada para atingir inimigos políticos.

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