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Conheça os grupos terroristas que mais matam no mundo

O Estado Islâmico, que realizou os atentados em Paris há duas semanas, não encabeça a lista

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h18 - Publicado em 29 nov 2015, 08h49

Após os atentados de 13 de novembro em Paris, no qual 130 pessoas morreram, a atenção do mundo se voltou para o grupo terrorista Estado Islâmico, que reivindicou a autoria dos ataques. Apesar das atrocidades cometidas pelo EI, como decapitações e crucificações, o grupo não é o que causou mais mortes em 2014 no mundo, segundo um estudo publicado pelo Instituto para Economia e Paz, baseado em Sidney, na Austrália. O Índice Global de Terrorismo 2015 coloca o nigeriano Boko Haram no topo da lista dos grupos terroristas mais letais do mundo. Os jihadistas que agem principalmente na Nigéria, Camarões e Chade mataram 6.644 pessoas em 2014. Já os jihadistas do Estado Islâmico causaram 6.073 mortes no mesmo ano.

O índice se baseou nos dados de ataques de grupos extremistas reunidos pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desde 1970. Em nível global, existem 530 grupos classificados por distintos governos como organizações terroristas. Só em 2014, 33 novas organizações radicais foram criadas.

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Os civis constituem 77% de suas vítimas. Recentemente, o grupo tem aumentado o uso de bombas e explosivos em seus ataques. A maior parte dos atentados atingem mercados ou lugares públicos, como um ataque realizado em janeiro deste ano, quando um bomba presa a uma garota de 10 anos matou, além da criança, pelo menos 20 pessoas que estavam em um mercado de Maiduguri, na Nigéria.

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Os jihadistas africanos têm interagido constantemente com a Al Qaeda e com a Al Qaida no Magreb Islâmico, grupo de origem argelina que mantém laços com a Al Qaeda desde 2002. Mais recentemente, eles passaram a se relacionar com o Estado Islâmico, compartilhando treinamentos militares e canais de mídias sociais. Em março de 2015, o Boko Haram firmou oficialmente aliança com o EI e reconheceu seu líder, al-Baghdadi, como Califa dos Muçulmanos.

Segundo o índice, em 2014, os jihadistas protagonizaram 453 ataques. Devido à violência deste grupo, a Nigéria é hoje, atrás do Iraque, o país com o mais alto número de mortes causadas por terrorismo, segundo o Índice.

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Os dois ataques mais letais realizados pelo grupo em 2014 ocorreram em junho, quando os terroristas invadiram uma prisão em Badush, no Iraque, e mataram 670 prisioneiros xiitas, e em agosto, quando 500 pessoas da etnia Yazidi foram mortas em Sinjar, também no Iraque.

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Al Qaeda – Por outro lado, a rede jihadista Al Qaeda, que orquestrou os ataques do 11 de setembro sob a chefia de Osama Bin Laden, tem perdido sua influência e encontra dificuldade para financiar seus planos. As derrotas sofridas para os rivais do Estado Islâmico no Oriente Médio esvaziaram os cofres do grupo jihadista e provocaram uma debandada de recrutas. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian em junho, dois dos principais chefes da Al Qaeda declararam que o atual número um da organização, o egípcio Ayman al-Zawahiri, não possui mais influência para chefiar os comandantes do grupo e só o mantém em atividade devido aos pedidos por lealdade que faz reiteradas vezes.

A tática utilizada pelo EI para orquestrar seus ataques no Ocidente também tem se destacado do método da Al Qaeda. Os jihadistas usam os novos combatentes cooptados no exterior para executar seus ataques em outros países. O estudo do Instituto para Economia e Paz chama essa estratégia de “tática dos lobos solitários”, já que a maioria dos atentados executados por seguidores do grupo em países ocidentais são realizados por um único terrorista ou grupos pequenos e independentes.

(Da redação)

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