Conflitos se repetem no Iêmen e deixam 3 soldados feridos
Países ocidentais temem que crise política possa resultar na falência do estado
A situação segue crítica no Iêmen nesta quinta-feira. Membros da Guarda Republicana, fiéis ao ditador iemenita Ali Abdullah Saleh, e soldados que apoiam os manifestantes, protagonizaram um novo confronto em Mukala, sul do país, informaram testemunhas e fontes médicas. Dois militares das forças de segurança, que defendem a atual constituição, e um coronel ficaram feridos.
Na principal cidade da província de Hadramut dois militares morreram na última terça-feira em confrontos similares ao de Mukala. Saleh, que enfrenta uma onda de renúncias de militares, diplomatas e membros da administração, advertiu no mesmo dia que “qualquer tentativa de tomar o poder com um golpe de Estado levaria a uma guerra civil”. A repressão do ditador se voltou até mesmo contra a rede de TV Al Jazira que, na quarta-feira, foi fechada no país. O presidente já chegou também a prometer que deixará o cargo ainda neste ano, proposta que foi recusada pelos opositores.
Ocidente – Os países ocidentais temem que a crise política possa resultar rapidamente na falência do estado no Iêmen, que faz fronteira com a Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, e é uma importante rota de escoamento. Um cenário possível é o Iêmen se separar em zonas de influência tribal, militar ou regional. A Al Qaeda já usou o país para tentar ataques na Arábia Saudita e nos Estados Unidos nos dois últimos anos.
(Com agência EFE)