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Como a Itália formará um novo governo após a renúncia de Renzi?

A Itália vive atualmente em um limbo que dificulta a possibilidade de ir às urnas. A atual lei eleitoral do país foi declarada inconstitucional pela Justiça

Por Da redação
5 dez 2016, 08h04

Após sofrer uma derrota no referendo constitucional realizado neste domingo, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anunciou que deixará o cargo. Renzi, de 41 anos, havia prometido renunciar ao governo caso a população rejeitasse a proposta de reforma da Constituição do país, que reduziria os poderes do Senado, aboliria as províncias do país e faria uma série de mudanças políticas na Itália.

O premiê fez um discurso por volta da meia-noite, direto do Palácio Chigi, para reconhecer a derrota e informar que entregará seu cargo. Renzi se reunirá nesta segunda-feira com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e apresentará sua demissão. Em seguida, a Itália começará o processo de formar um novo governo, sob intermediação do presidente, uma tarefa que deve ser longa e árdua. Mattarella, que está há menos de dois anos no cargo, tem pela frente seu maior desafio na vida pública. É sua prerrogativa dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, como cobra a oposição.

Eleições suspensas — No entanto, a Itália vive atualmente em um limbo que dificulta a possibilidade de ir às urnas antecipadamente. A atual lei eleitoral do país foi declarada inconstitucional pela Justiça, mas o governo recorreu e ainda não há uma decisão final, impossibilitando o país de convocar eleições.

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O Movimento 5 Estrelas (M5S), a maior força política atualmente na Itália, com um terço dos assentos do Parlamento, exige novas eleições no país e diz que aceitaria formar um novo governo somente após um pleito popular. Outra opção de Mattarella seria designar alguém para formar um novo governo sem eleições. Cada vez mais desidratado politicamente, Silvio Berlusconi se disse disposto a patrocinar um gabinete de união nacional nesses moldes. Se isso acontecer, a Itália terá seu quarto premiê seguido sem passar pelo crivo das urnas, após Mario Monti, Enrico Letta e o próprio Renzi.

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A terceira opção seria um primeiro-ministro encarregado pelo presidente para chefiar um gabinete “técnico” até a realização de eleições antecipadas, provavelmente na primavera europeia de 2017, mas permaneceria o desafio de encontrar uma maioria em um Parlamento dividido em três para aprovar uma nova lei eleitoral antes de ir às urnas. Nesse cenário, Berlusconi poderia ser o fiel da balança.

“Desejamos um bom trabalho ao presidente Mattarella neste momento crucial. Como a principal força política atualmente do país, estamos disponíveis para dar todos os passos necessários para chegarmos às eleições políticas”, escreveu o líder do partido opositor, Movimento 5 Estrelas (M5S), Beppe Grillo.

(Com ANSA)

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