Comitê inocenta Japão das acusações de propina na Olimpíada
Equipe de candidatura foi acusada de irregularidades na contratação da empresa de consultoria Black Tidings
Uma investigação independente concluiu nesta quinta-feira que não houve irregularidade no pagamento de 2,3 milhões de dólares (7,4 milhões de reais) de Tóquio para uma empresa de consultoria de Cingapura, em relação à candidatura da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 2020. O painel, contratado pelo Comitê Olímpico Japonês (JOC), divulgou em relatório que os pagamentos à companhia Black Tidings não foram propinas.
De acordo com a equipe de investigação, os executivos da equipe de candidatura de Tóquio não tinham conhecimento da relação entre Ian Tan Tong Han, chefe da Black Tidings, e Papa Massata Diack, filho do ex-dirigente de atletismo internacional Lamine Diack. Papa Diack enfrenta acusações na França por corrupção na IAAF, órgão que rege o atletismo internacional e para o qual já trabalho como consultor de marketing.
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Apesar de a quantia de 2 milhões de dólares ser o dobro da média que a candidatura de Tóquio pagou para outras consultorias, Tan, lobista de sucesso, merecia o pagamento, informou o painel em seu relatório. A preparação do Japão para as Olimpíada de 2020 tem sofrido com diversos problemas, incluindo a construção do principal estádio, que teve o projeto inicial abandonado em resposta à irritação pública pelo alto custo. Em abril, o logotipo dos Jogos também precisou ser trocado após acusações de plágio.
(Com Reuters)