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Coalizão de Macri ganhou em redutos historicamente peronistas

As eleições legislativas na Argentina aumentaram o capital político e fixaram a aliança governista como a principal força eleitoral do país

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2018, 09h23 - Publicado em 23 out 2017, 18h54

A coalizão liderada pelo presidente Mauricio Macri, Cambiemos, registrou uma vitória expressiva nas eleições legislativas de domingo e conquistou algumas províncias tradicionalmente peronistas na Argentina. Uma das derrotas mais marcantes para o Frente para a Vitória, aliança política comandada por Cristina Kirchner, foi em Santa Cruz, onde o partido não perdia uma votação para senador desde 1991.

A província no sul do país é bastião dos kirchneristas desde a redemocratização, em 1983. Mas, neste domingo, a coalizão governista obteve 43,8% dos votos na eleição para deputados e 44,2% na para senador, com a candidatura de Eduardo Costa, que quer entrar na disputa para governador local em 2019.

A mais recente conquista de eleitorado também levou à vitória do Cambiemos em outros dois antigos redutos peronistas, Neuquén e Córdoba.

Da mesma forma, os resultados na província de Buenos Aires representam um grande êxito. O candidato governista, Esteban Bullrich, obteve vitória clara com 41,35% dos votos, à frente de Cristina Kirchner, que conquistou 37,27%.

“O governo excedeu as expectativas deixadas até mesmo pelas primárias, nas quais já demonstrava vitória”, diz Thomaz Favaro, diretor associado para o Cone Sul da consultoria de risco político Control Risks, em São Paulo. “Isso deve gerar um impacto positivo em termos da probabilidade de aprovação das reformas governamentais nos próximos dois anos. Também consolida o Cambiemos como a principal força eleitoral do país”, analisa.

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A conta final das eleições colocou o partido de Mauricio Macri como a primeira minoria no Congresso argentino. Ou seja, apesar de não possuir maioria, é o maior partido da casa, com 27 de um total de 72 senadores e 107 entre 257 deputados.

O kirchnerismo saiu vitoriosos em apenas duas das 23 províncias na disputa. Já o Cambiemos conquistou treze províncias e mais a capital federal, Buenos Aires.

Grandes líderes do peronismo também enfrentaram derrotas em suas próprias vivendas. Foi o caso do ex-presidente Carlos Menem, que concorria pelo Partido Judicialista à reeleição como senador por La Rioja. Menem perdeu a primeira posição na votação para o candidato do Cambiemos, o ex-ministro da Defesa Julio Martínez. Ainda assim, seu partido ganhou o direito de ocupar uma das três cadeiras da província no Congresso, já que o ex-mandatário ficou em segundo lugar, com 45,37% dos votos.

Igualmente surpreendente foi a vitória do Cambiemos na votação para deputados em Salta. A província é governada por uma das promessas de renovação do peronismo, Juan Manuel Urtubey, que apoiou fortemente a campanha do principal candidato da Frente Unidade e Renovação, também peronista, Andrés Zottos, que ficou em segundo lugar na corrida, com 24,05% dos votos.

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Agenda de reformas

O ganho de capital político para o governo Macri foi expressivo. Em clima de comemoração, o presidente argentino já anunciou nesta segunda que vai aprofundar as reformas econômicas na próxima etapa de seu governo, até 2019.

O mandatário afirmou, durante uma coletiva de imprensa na Casa Rosada, que pretende impulsionar reformas tributárias, trabalhistas, previdenciárias e políticas – como introduzir o voto eletrônico, a fim de tornar “a política o mais austera possível”. Macri definiu sua administração como “uma etapa de reformismo permanente” que vai levar a Argentina “ao progresso”. “É o que as pessoas elegeram ontem”, avaliou, segundo a agência AFP.

VEJA ouviu os eleitores argentinos, divididos entre os kirchneristas e a coalizão de Macri:

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