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Cidade filipina demite todos os policiais locais após homicídios

No país em que o presidente admitiu ter matado pessoas ligadas ao tráfico "para dar exemplo", município dispensou 1.200 oficiais para evitar mais crimes

Por Da redação
15 set 2017, 20h00

A cidade de Caloocan, nas Filipinas, demitiu todas as 1.200 pessoas que integravam a força policial local após a acusação de que alguns de seus membros estariam envolvidos no assassinato de três adolescentes, informou o jornal The Guardian. Além dos homicídios, integrantes da polícia também enfrentam suspeita de roubo.

Quatro oficiais estão sendo investigados pelo assassinato e tortura do estudante Kian delos Santos, de 17 anos, durante uma operação antidrogas em agosto. Outros dois policiais foram acusados de plantar provas, torturar e matar os jovens Carl Angelo Arnaiz, de anos 19, e Reynaldo de Guzman, de 14. Além disso, na semana passada, imagens de uma câmera de segurança flagraram treze supostos policiais roubando uma casa durante uma ação contra o tráfico.

Caloocan, localizada nos arredores da capital Manila, é a terceira cidade mais populosa do país, com quase 1.200.000 habitantes. O chefe da polícia metropolitana de Manila, Oscar Albayalde, ainda segundo o The Guardian, afirmou que os oficiais demitidos farão 45 dias de reciclagem e aqueles que não enfrentarem qualquer acusação poderão ser readmitidos em outras localidades.

Extermínio

De acordo com a organização Human Rigths Watch, a luta contra as drogas deixou mais de 7.000 pessoas mortas desde que o atual presidente, Rodrigo Duterte, assumiu o cargo em julho de 2016. O polêmico líder, que foi eleito com a promessa de eliminar todos os narcotraficantes do país, chegou a afirmar, no final do ano passado, que matou pessoalmente supostos criminosos quando era prefeito de Davao, cidade do sul do país, para dar exemplo a policiais.

“Em Davao eu costumava fazer pessoalmente. Apenas para mostrar aos jovens [policiais] que, se eu podia fazer, por que vocês não poderiam?”, comentou o presidente na época, em discurso no palácio do governo. “Saía por Davao em uma motocicleta para patrulhar as ruas e também procurando problemas. Realmente estava procurando um confronto para poder matar”.

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