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Ciber-ataques diminuem no sábado, mas ainda são ameaça

Neste sábado, uma montadora francesa parou e escolas da China foram atacadas. O estrago só não foi maior graças à ação de um agente inglês

Por Da Redação
Atualizado em 13 Maio 2017, 15h37 - Publicado em 13 Maio 2017, 14h00

O ataque cibernético mundial descrito como “sem precedentes” pela polícia europeia continuou a causar estragos neste sábado. A Renault chegou a interromper as linhas de produção, ao mesmo tempo em que o ataque atingiu escolas na China e hospitais na Indonésia. Apesar disso, a onda de ataques aparentemente perdeu força um dia depois de ser detonada contra computadores de quase 100 países.

Especialistas ouvidos pela agência Reuters disseram que as ameaças foram neutralizadas, ao menos parcialmente, graças à ação de um agente a serviço do governo da Inglaterra. O especialista em ataques de hackers, que não quis revelar seu nome, detectou um domínio ao qual um malware estava tentando se conectar, e conseguiu limitar a propagação do vírus.

Usando ferramentas de espionagem que teriam sido desenvolvidas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), o ataque cibernético infectou dezenas de milhares de computadores em quase 100 países. Os piores danos foram causados ao sistema de saúde do Reino Unido.

Os hackers enganaram suas vítimas, fazendo-as abrir anexos maliciosos em e-mails de spam que pareciam conter pagamentos, ofertas de emprego, avisos de segurança e outros arquivos legítimos.

Uma vez dentro da rede, os programas que exigiam resgates usaram ferramentas de espionagem recentemente reveladas para silenciosamente infectar outras máquinas sem nenhuma intervenção humana. Isso, segundo especialistas de segurança, marcou uma piora sem precedentes de riscos de novos ataques nos próximos dias ou semanas.

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Malware

O programa criptografou dados em computadores, exigindo pagamentos de 300 a 600 dólares para restaurar o acesso. Investigadores observaram que algumas vítimas pagaram com a moeda digital bitcoin, apesar de ninguém saber o quanto foi transferido para os invasores dada a natureza majoritariamente anônima dessas transações.

Investigadores na empresa de programas de segurança Avast disseram que identificaram 126.534 infecções em 99 países, com Rússia, Ucrânia e Taiwan como principais alvos.

Os hackers, que não reivindicaram responsabilidade, nem foram identificados, aproveitaram um vírus, ou um malware que se auto-propaga, explorando um pedaço de um código de espionagem da NSA chamado de “Azul Eterno”, que foi divulgado no mês passado por um grupo de hackers conhecidos como Shadow Brokers, de acordo com investigadores de várias empresas de segurança cibernética.

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A montadora francesa Renault interrompeu a produção em algumas unidades neste sábado para prevenir a disseminação do ataque cibernético que atingiu seus sistemas de computação. Outra montadora, a japonesa Nissan, também teve a produção afetada em uma fábrica no nordeste da Inglaterra.

Empresas de segurança privadas identificaram o programa que exige resgate como uma nova variação do “WannaCry”, que tinha a habilidade de automaticamente se espalhar em amplas redes explorando um problema conhecido no sistema operacional Windows, da Microsoft.

“Este é um dos maiores ataques globais que a comunidade cibernética já viu”, disse Rich Barger, diretor de pesquisa de ameaças da Splunk, uma das firmas que ligou o WannaCry à NSA.

(com Reuters)

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