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Bernard Cazeneuve é nomeado primeiro-ministro da França

Bernard Cazeneuve substitui Manuel Valls, que renunciou ao cargo para lançar candidatura à eleição presidencial de 2017

Por Da redação
Atualizado em 6 dez 2016, 15h39 - Publicado em 6 dez 2016, 15h18

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, foi nomeado nesta terça-feira primeiro-ministro do país, em substituição a Manuel Valls, que renunciou ao cargo para lançar candidatura à eleição presidencial de 2017. Cazeneuve, 53 anos, ministro do Interior desde 2014, coordenou a segurança do país durante uma série de atentados que deixaram mais de 230 mortos nos últimos dois anos. Antes, ele foi ministro delegado para Assuntos Europeus (2012-2013) e ministro delegado do Orçamento (2013-2014).

De acordo com uma fonte próxima à Presidência, Cazeneuve foi nomeado chefe de Governo por sua “extensa experiência” e “conhecimento nos temas de segurança e de luta antiterrorista”, uma prioridade para a França, que se encontra em estado de emergência há mais de um ano.

Bruno Le Roux, deputado de Seine-Saint-Denis e líder da bancada socialista na Assembleia Nacional, assume a pasta do Interior.

Candidato à Presidência — Bernard Cazeneuve foi nomeado primeiro-ministro depois que Manuel Valls apresentou sua renúncia na manhã desta terça-feira ao presidente François Hollande. Valls, que foi primeiro-ministro nos últimos dois anos e meio, anunciou na segunda-feira sua candidatura à eleição presidencial de abril-maio de 2017, quatro dias depois do presidente François Hollande, que registra alto nível de impopularidade, ter informado que não tentaria disputar a reeleição.

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Manuel Valls, nascido em Barcelona há 54 anos e naturalizado francês, terá que passar pelas primárias do Partido Socialista (PS) e de parte da esquerda, previstas para 22 e 29 de janeiro, sem qualquer certeza sobre sua eventual escolha como candidato.

União da esquerda — Valls encarna a concepção da esquerda moderna, mas sua personalidade inflexível e seu discurso a favor das empresas provocam uma forte rejeição até mesmo dentro do partido.

Para evitar que a França “reviva o trauma de 2002” – ano em que a esquerda foi eliminada no primeiro turno presidencial e o candidato da extrema-direita Jean-Marie Le Pen avançou para o segundo turno contra Jacques Chirac, um terremoto político no país -, Valls pediu a unidade da esquerda.

“Minha candidatura é de conciliação, de reconciliação”, afirmou na segunda-feira ao anunciar que postula o cargo de presidente.

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Pesquisas — As pesquisas indicam que Valls é o pré-candidato preferido dos simpatizantes da esquerda para se tornar o candidato socialista na eleição presidencial, com 45% de apoio. Se vencer a disputa interna, ele terá que disputar a eleição presidencial contra o candidato da direita, o também ex-premiê François Fillon, e a líder da Frente Nacional (FN), a postulante da extrema-direita Marine Le Pen.

Também deverá enfrentar o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, assim como o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron, um liberal de centro que não pretende passar pelas primárias. Todas as pesquisas apontam para um segundo turno da eleição presidencial entre Fillon e Le Pen, com o candidato socialista, independente do nome, eliminado no primeiro turno.

Valls, se conseguir a vitória nas primárias socialistas, deve receber apenas 10% dos votos no primeiro turno, muito atrás de Fillon (27,5%) e Marine Le Pen (24%), de acordo com as sondagens mais recentes. “Dizem que a esquerda não tem nenhuma chance, mas não há nada escrito”, afirmou na segunda-feira Valls, que espera convencer o eleitorado durante os menos de cinco meses que restam para as presidenciais.

(Com AFP)

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