Carolina do Sul aprova retirada da bandeira confederada
Bandeira dos rebeldes separatistas que lutaram na Guerra Civil dos EUA, criticada por simbolizar o passado escravagista do sul do país, está hasteada em frente ao Parlamento
A Câmara estadual da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, aprovou nesta quinta-feira o projeto de lei para retirar a bandeira confederada hasteada na frente do capitólio do Estado. Usada pelos rebeldes sulistas – favoráveis à escravidão – na Guerra Civil americana, a bandeira é vista como um símbolo de opressão.
Os apelos para a retirada aumentaram depois do massacre promovido por Dylann Roof, um atirador branco que matou nove negros em uma cidade do Estado. Em imagens divulgadas na internet, Dylann aparece queimando a bandeira americana e segurando a dos confederados.
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O Parlamento estadual aprovou a retirada por 94 votos contra 20, depois de 13 horas de debate. A proposta já tinha recebido o aval do Senado da Carolina do Norte na última quinta, por 36 votos a favor e 3 contra. A proposta segue agora para a sanção da governadora republicana Nikki Halley, que antecipou que vai colocar a medida em vigor assim que o texto chegar em seu gabinete.
Histórico – A bandeira foi usada pelos confederados do sul americano que se rebelaram contra a União durante a Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-1865). O controverso símbolo tremula na Câmara da Carolina do Sul desde 1962. Há quinze anos, após um protesto que reuniu 46.000 pessoas, o governo local decidiu retirar a bandeira de cima do Parlamento e transferi-la para a frente do prédio público. A bandeira é criticada por grupos de ativistas e políticos por ser um símbolo do passado escravagista do sul dos Estados Unidos – seus defensores alegam que ela faz parte da história e da cultura da região.
(Com agência EFE)